Ação na Precisa Medicamentos apura fraude na compra de vacina

Ação na Precisa Medicamentos apura fraude na compra de vacina

PF recolhe documentos da empresa para aquisição da Covaxin em endereços de São Paulo, Brasília e Campinas

R7

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A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira uma operação em endereços ligados à Precisa Medicamentos nas cidades de São Paulo, Brasília e Campinas. A corporação investiga supostas fraudes no contrato de compra da vacina Covaxin. A ação atende a uma determinação da 12ª Vara Criminal Federal do DF e cumpre 11 mandados de busca e apreensão. A PF conta com apoio da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal.

O prejuízo pode alcançar mais de R$ 500 milhões aos órgãos públicos e às empresas que aceitaram as garantias das empresas envolvidas, segundo a controladoria. Os policiais estão recolhendo documentos que foram apresentados pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde. A ção recebeu o nome de “Operação Imprecisão” e apura a apresentação de documentos falsos e emissão de garantias inidôneas. 

Outra operação

Em 17 de setembro, a PF esteve na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo, para cumprir mandados de busca e apreensão de equipamentos e documentos referentes ao contrato para a compra de vacinas contra a Covid-19 com a Bharat Biotech, responsável pela fabricação do imunizante Covaxin.

A ação foi realizada em duas cidades da Grande São Paulo - Barueri e Itapevi. A operação foi solicitada pela CPI da Covid, em curso no Senado Federal, e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Precisa fechou um contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. A negociação acabou suspensa.

Em nota, a defesa da Precisa informou que entregou todos os documentos à CPI e que três representantes prestaram depoimentos à comissão. A empresa também disse que prestou esclarecimentos à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União e forneceu a documentação ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União.

Em junho deste ano, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) disse à CPI que o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, havia falado sobre irregularidades no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

O deputado também afirmou que seu irmão foi pressionado por gestores do ministério a prosseguir com o processo de importação do imunizante indiano. A denúncia foi um dos fatores que levaram à demissão do então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e à suspensão do contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses


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