Acusado de atentado contra Porta dos Fundos decide ficar na Rússia

Acusado de atentado contra Porta dos Fundos decide ficar na Rússia

Fauzi afirmou em nota que não irá voltar para o Brasil diante da decisão judicial que mante ordem de prisão

AE

Nota afirma que "nos próximos dias" a defesa vai recorrer às "cortes superiores"

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A defesa do economista Eduardo Fauzi, de 41 anos, acusado pela Polícia Civil do Rio de ser um dos responsáveis pelo ataque com coquetéis molotov à produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, na madrugada de 24 de dezembro, afirmou em nota divulgada nesta quinta-feira que, diante da decisão judicial que manteve a ordem de prisão contra Fauzi, ele deve permanecer na Rússia, onde está desde 29 de dezembro. O economista tinha passagem aérea para retornar ao Brasil nesta quinta-feira, mas não voltará.

"A defesa orientou Eduardo a não retornar ao Brasil, haja vista haver sérias discussões acerca da legalidade da decretação da sua prisão temporária. A orientação visa assegurar seu direito à liberdade e impedir que Eduardo seja segregado de forma ilegal, o que seria um erro insanável, diante da condição de presumivelmente inocente", afirma a nota, assinada pelos advogados Diego Rossi Moretti e Jonas de Oliveira.

Na quarta-feira, o desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu manter o decreto de prisão temporária contra Fauzi. O magistrado entendeu que os envolvidos no crime "fizeram exsurgir suas extremadas periculosidades" e que a liberdade de Fauzi causará a "insegurança de várias pessoas".

A defesa de Fauzi criticou a decisão do desembargador: "Os fundamentos invocados para a manutenção da prisão se deram diante das poucas provas colhidas dentro do inquérito policial ainda não finalizado" e Fauzi "já se colocou à disposição" da delegacia que investiga o caso "para prestar esclarecimento e colaborar com a Justiça", afirmam os advogados.

A nota afirma que "nos próximos dias" a defesa vai recorrer às "cortes superiores", referindo-se ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), para "assegurar o direito de retorno e livre locomoção de Eduardo no território brasileiro, eis que é de sua vontade pessoal retornar ao Brasil o mais breve possível".


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