Após mortes em baile funk, Polícia diz que atuação "foi técnica e correta"

Após mortes em baile funk, Polícia diz que atuação "foi técnica e correta"

Vítimas foram pisoteadas em confusão que seguiu uso de bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo contra a multidão

R7

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Após nove pessoas morrerem pisoteadas em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na madrugada deste domingo, em decorrência de uma operação policial, a Polícia Militar deu uma coletiva de imprensa em que disse que a operação foi técnica. Segundo o tenente-coronel Emerson Massera, os agentes chegaram ao baile por volta das 5h30min para dispersar o movimento. Ele disse que os policiais já haviam passado pelo local antes, para tentar evitar que o baile acontecesse, mas não conseguiram. Segundo o porta-voz, a missão “foi técnica e correta” e não há por que a PM mudar a atuação nos bailes funk mesmo depois das fatalidades desta noite.

Ele diz que uma pessoa que estava correndo tropeçou e caiu, o que causou um efeito dominó. O oficial afirma que não era “objetivo da polícia encurralar” os presentes, oposto do que foi dito por moradores. A corporação vai apurar o que aconteceu no baile e a necessidade dos agentes em dispararem balas de borracha, bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo contra a multidão.

Segundo estimativas, o baile em Paraisópolis tinha cerca de cinco mil pessoas, mas já chegou a ter 10 mil em eventos antigos. A ocorrência fez parte da missão Noite Tranquila, que ocorre desde janeiro deste ano, em que a polícia é chamada para dispersar ou evitar que bailes funks se instalem em regiões da cidade. A PM disse que o número de ocorrências caiu desde o começo do ano.

 

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