Após onda de violência, Susepe transfere duas lideranças de facções criminosas em Porto Alegre
Troca de casa prisional é mais uma medida para conter os confrontos e homicídios entre dois grupos rivais na cidade
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A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) somou-se à mobilização da Brigada Militar e da Polícia Civil para conter a recente onda de violência promovida pelas facções, com confrontos e homicídios, em Porto Alegre. Na manhã desta sexta-feira foi divulgada a realização de uma operação de transferência de duas lideranças destas organizações criminosas, apontadas como mandantes dos assassinatos na região nas últimas semanas.
Por medida de segurança, a Susepe não informou de qual estabelecimento penal estavam os dois apenados e para quais casas prisionais foram levados. A operação ocorreu nessa quinta-feira sob um forte aparato e sigilo. A remoção dos detentos foi conduzida pelo efetivo tático do Grupo de Ações Especiais (GAES) da Susepe, envolvendo um intenso trabalho de logística.
Após o recebimento dos relatórios da inteligência da Polícia Civil, a Susepe negociou com o Poder Judiciário as autorizações para a transferência e o isolamento telefônico dos apenados envolvidos.
O secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), Mauro Hauschild, destacou que “a intervenção é o resultado do esforço de todas as forças de segurança do Rio Grande do Sul, que, em reunião no início do mês, programaram a ação” Segundo ele, “cumprimos nosso papel de oferecer à sociedade gaúcha mais segurança”.
Já o superintendente da Susepe, José Giovani Rodrigues de Souza, ressaltou que “o sucesso da operação demonstra a importância da articulação entre os atores que integram a segurança pública”. De acordo com ele, a superintendência “sempre mantém contato com o setor de inteligência de outros órgãos da segurança para o planejamento das ações conjuntas no sistema prisional gaúcho”.
Segundo o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal da Susepe, Vagner Cogo, “essa união de forças é de grande importância para coibir a ação das organizações criminosas dentro do sistema prisional e acaba por causar enorme reflexo nas disputas por territórios nas localidades onde esses criminosos agem”.