Ataque ao Aeroporto de Blumenau teve participação de assaltantes paulistas

Ataque ao Aeroporto de Blumenau teve participação de assaltantes paulistas

Policiais civis catarinenses já identificaram oito criminosos envolvidos no roubo de quase R$ 10 milhões

Correio do Povo

Carro-forte ficou crivado de tiros de fuzis durante confronto que deixou dois vigilantes feridos e uma jovem morta por bala perdida

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A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou nesta segunda-feira a deflagração da Operação Aeroporto 1 que identificou e indiciou oito pessoas pelo roubo milionário ao Aeroporto Quero-Quero, ocorrido em 14 de março do ano passado, em Blumenau. O ataque foi investigado pela Divisão de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Divisão de Investigação Criminal de Blumenau. Cinco dos oito envolvidos já estão presos, incluindo o responsável por organizar e arregimentar os assaltantes que foi capturado no último sábado em São Paulo. O bandido tem antecedentes por assaltos a carros-fortes entre 1982 e 1993. A maioria da quadrilha é formada por criminosos paulistas. No ataque em Blumenau, uma jovem foi morta por uma bala perdida e dois vigilantes da empresa de valores ficaram gravemente feridos durante confronto. Os ladrões levaram R$ 9,8 milhões.

Em coletiva à imprensa, o titular da Divisão de Roubos e Antissequestro, delegado Anselmo Cruz, esclareceu que a Operação Aeroporto 1 trata da conclusão da primeira fase da investigação. Segundo ele, quatro dos oito criminosos que atuaram na pista do aeroporto empregaram fuzis AK47 e com munição calibre ponto 50, sendo utilizados veículos blindados. Entre os envolvidos também está um funcionário da empresa de vigilância que repassou informações aos assaltantes. “Esses criminosos são responsáveis pelos maiores assaltos no Brasil nos últimos anos. Acreditamos que para o roubo em Blumenau atuaram ao menos 15 criminosos. Estamos montando um quebra-cabeças de mais de 20 mil peças, um trabalho muito grande e complexo da Polícia Civil de Santa Catarina”, destacou. “São criminosos interestaduais e até com atuação internacional (Paraguai)”, ressaltou, referindo-se ao roubo da Prossegur, em Ciudad del Este, no Paraguai, em abril de 2017.

Já o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, revelou que a quadrilha planejou o roubo por oito meses. Imóveis alugados foram locados com antecedência em Blumenau e no Litoral Norte de SC. Conforme o trabalho investigativo, os bandidos agiram para matar os vigilantes no ataque, sendo disparados pelo menos 15 tiros contra o carro-forte. Os R$ 9,8 milhões foram levados pelos criminosos de Santa Catarina até São Paulo. No transporte pelas rodovias, os bandidos usaram uma ambulância e um caminhão de lixo como despistes.

Em São Paulo, o mesmo bando também agiu no ano passado nos assaltos em outubro no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e em julho do ano no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Nos próximos dias, um novo inquérito policial será aberto pela Deic para apurar o envolvimento ou não de criminosos catarinenses com a quadrilha.

 


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