Barão da droga é extraditado do Paraguai para Brasil
Jarvis Chimenes Pavão era um dos principais distribuidores de cocaína no país
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O nome da casa prisional onde ficará recolhido não foi divulgado, mas cogita-se que será a Penitenciária Estadual de Florianópolis. Ele precisa cumprir 17 anos e 8 meses de prisão por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa, conforme condenação da Justiça de Balneário de Camboriú. Pavão possui ainda dois processos pendentes, sendo um em Campo Grande, no Mato Grosso, e outro em Porto Alegre.
Natural de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o traficante começou a atuar nos anos 90 em território catarinense. No Paraguai, o criminoso transformou-se em um dos mais poderosos barões das drogas. Ele mantém contatos inclusive com a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Em outubro deste ano, a Polícia Federal descobriu um plano do PCC para resgatá-lo quando fosse extraditado. A organização de Pavão permanece sendo uma das principais fornecedoras de cocaína para o território brasileiro.
O narcotraficante sempre desafiou as autoridades dos dois países e mudou de lugar mais de 60 vezes. Considerado cúmplice até de Fernandinho Beira-Mar, a organização dele seria responsável por 80% das drogas e boa parte das armas contrabandeadas ao Brasil. No Rio Grande do Sul, ele foi apontado como suspeito de fornecer drogas ao Vale do Sinos e viabilizar a entrada de armamento. Em 2006, a Polícia Federal descobriu sua ligação com um dos maiores fornecedores de armamento pesado para quadrilhas de roubos a carros-fortes e bancos no Estado. No final de agosto de 2017, a Polícia Federal de Caxias do Sul desarticulou uma quadrilha que distribuía drogas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, comprando cocaína da organização criminosa de Pavão.
O narcotraficante havia sido preso em dezembro de 2009 em um hotel-fazenda em Yvy Yaú, no departamento de Concepción, com fuzis, pistolas, munição e 10 mil dólares. Ele estava junto do paraguaio conhecido como Capilo, apontado na época como líder do PCC em Pedro Juan Caballero. Pavão foi então condenado a oito anos pelas autoridades paraguaias.