Brigada Militar faz operação para evitar que ruas sejam bloqueadas na Cidade Baixa

Brigada Militar faz operação para evitar que ruas sejam bloqueadas na Cidade Baixa

Ação ocorreu após confrontos no domingo

Eduardo Amaral

Brigada Militar reforçou segurança para evitar bloqueio de ruas

publicidade

As ruas da Cidade Baixa na noite desta segunda-feira de Carnaval em nada lembravam o cenário de aglomeração e barulho visto na noite anterior. O principal motivo para a mudança radical foi a ação da Brigada Militar (BM), que reforçou o policiamento na região para evitar que as ruas fossem fechadas em mais um dia sem programação oficial de Carnaval.

Durante a tarde de domingo, foliões circulavam entre a Orla do Guaíba e a Cidade Baixa em busca de algum bloco para pular o Carnaval. Sem nenhuma atividade oficial, já que a apresentação que estava prevista para a Orla foi cancelada, os grupos foram se reunindo na rua da República, mesmo local onde no sábado havia se apresentado os blocos da Banda DK e Panela do Samba.

Não demorou muito para o movimento crescer, e a rua ser fechada pelas milhares de pessoas que estavam no local. Até certo horário, pequenos grupos ouviam músicas em caixas de som. Porém, por volta da meia-noite um carro com som automotivo foi ligado e o barulho aumentou de forma considerável. A aglomeração terminou em confusão, com a BM usando gás lacrimogêneo para dispersar o grupo.

Segundo o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Luciano Moritz, as forças de segurança foram pegas de surpresa no domingo. “Não tínhamos planejamento especial, apenas o efetivo de dias normais. Não esperávamos que fosse tomar aquela proporção".

Durante a noite de segunda, a BM tomou medidas de prevenção com objetivo de evitar “o fechamento de ruas e desrespeito ao horário de silêncio”, segundo Moritz. Ele garantiu que as abordagens ocorreram de forma tranquila e que foram bem recebidos pelos frequentadores do bairro. “Temos falado com eles e estamos sendo bem recebidos, todo o trabalho é feito com bastante diálogo.”

Com a ação, embora as ruas seguissem movimentadas, o barulho era consideravelmente menor. Em algumas esquinas pequenos grupos se aglomeravam ouvindo músicas em caixas de som. “As caixas podem ser usadas até às 22h, depois disso devem ser desligadas”, explicou Moritz.

 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895