Buscas ao menino Miguel entram no décimo dia no Litoral Norte

Buscas ao menino Miguel entram no décimo dia no Litoral Norte

Três equipes realizam o trabalho na orla das praias de Tramandaí e Torres neste sábado

Cláudio Isaías

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As buscas pelo corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, 7 anos, chegaram ao décimo dia neste sábado. A criança foi dopada e jogada nas águas do rio Tramandaí pela mãe Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, que está presa. Na manhã de hoje, três equipes (um total de dez homens) realizaram buscas na orla das praias de Tramandaí e Torres, no Litoral Norte gaúcho. Segundo o tenente Elísio Lucrécio, comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Tramandaí, as buscas vão continuar ao longo de todo o dia. 

O crime teve ainda a participação no crime da companheira da mulher, Bruna Porto da Rosa, 23 anos, que possui transtorno neurológico. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, existe a possibilidade de que o corpo tenha sido levado para o mar e apareça na orla. A Polícia Civil investiga o caso e deve indiciar as duas mulheres mesmo que o corpo do menino Miguel não seja localizado. 

A mãe do menino deve ser indiciada por homicídio qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) com majorante (praticado contra pessoa menor de 14 anos) e agravante (cometido contra descendente), ocultação de cadáver e resistência. Uma mala de rodinhas, que teria sido usada para levar a vítima, foi apreendida na beira do rio Tramandaí durante as buscas na noite de quinta-feira.

Informações obtidas pela Polícia Civil mostraram que o menino vivia sob intensa tortura física e psicológica, mantido em uma peça de um metro quadrado, nos fundos da moradia. A criança ficava até mesmo trancada dentro de um armário.

Mesmo com a operação dos bombeiros militares em busca do menino Miguel, a Polícia Civil entende que já possui provas suficientes para indicar a mãe e a madrasta do garoto por homicídio. A principal prova que a polícia possui é a própria confissão das duas mulheres presas - a mãe, Yasmin Rodrigues, e a companheira, Bruna da Rosa -  que foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre, que recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

Já a mãe de Miguel, Yasmin Rodrigues, está presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A Polícia Civil pretende realizar a reconstituição do caso, que ainda não tem data marcada. Yasmin Rodrigues e Bruna da Rosa devem ser ouvidas novamente pelos policiais civis. 


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