Buscas pelo menino Miguel chegam ao 15º dia no Litoral Norte

Buscas pelo menino Miguel chegam ao 15º dia no Litoral Norte

Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul mantém varredura entre Mostardas e Torres

Correio do Povo

Manhã desta quinta-feira tinha mar calmo e baixo, porém água turva, além de vento fraco

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O 15º dia de buscas do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) pelo menino Miguel, de sete anos, não teve nenhum resultado positivo na manhã desta quinta-feira na orla entre Mostardas e Torres, no Litoral Norte. “Mar calmo e baixo, porém água turva (chocolate)….péssima visualização”, constatou o responsável pela operação e comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio. “Vento fraco”, observou.

“É muito difícil dizer onde o corpo vai ser encontrado. Estamos trabalhando em cima das informações dos pescadores e pessoas que pela orla transitam”, esclareceu. “Nossas varreduras com o apoio dos pelotões de bombeiros do litoral continuam”, enfatizou, citando as unidades de Torres, Capão da Canoa, Tramandaí e Cidreira, todos do 9º Batalhão de Bombeiros Militar (9º BBM).

A mãe da criança foi presa na noite do dia 29 de julho passado e alegou que jogou o filho no rio Tramandaí, no limite entre Imbé e Tramandaí. Ela, de 26 anos, e a companheira dela, de 23 anos, foram indiciadas pela Polícia Civil por tortura contra criança, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A mulher está na Penitenciária Feminina de Guaíba. Já a companheira dela encontra-se recolhida no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre.

Parte dos laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) já foi entregue à DP de Imbé, encarregada do inquérito sobre o caso. Em uma das perícias realizadas em dois imóveis em Imbé, onde a criança morou com a mãe e a companheira dessa, a equipe do IGP encontrou sangue em uma camiseta do menino. Os dados dos telefones celulares delas estão sendo extraídos.

Os agentes da DP do Imbé também procuram imagens de câmeras de monitoramento para tentar refazer o caminho em que as duas mulheres fizeram com o corpo do menino dentro de uma mala, entre a pousada que residiam e o rio Tramandaí.

Nas investigações, os policiais civis encontraram também anotações delas em um caderno, onde constam nomes de várias clínicas de reprodução e fertilização humana. Há a suspeita de que o casal pretendia ter um filho do relacionamento sem a participação de Miguel na família. 


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