Cão de faro indica odor de cadáver em carro no caso do casal desaparecido em Cachoeirinha
Investigação da Polícia Civil incluiu buscas aos corpos das vítimas em Canoas e Parobé
publicidade
O titular da 1ª DP de Cachoeirinha, delegado Anderson Spier, confirmou nesta terça-feira que um dos cães de faro do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) sinalizou vestígios de odores de corpos em decomposição no porta-malas do Ford Fiesta da filha de Rubens Heger, 85 anos, que está desaparecido com a companheira Marlene Heger, 53 anos, desde o feriadão de Carnaval.
"O cão farejador ficou apontando porta-malas do carro, quando a gente estava fazendo as buscas dentro de casa”, frisou o delegado Anderson Spier. Os animais são treinados para detectar centenas de substâncias exaladas de cadáveres.
Após as buscas realizadas ao longo dessa segunda-feira em Canoas e Parobé, a Polícia Civil não fará por enquanto novas varreduras de locais onde podem estar os corpos do casal. “Fizemos todos os locais que conhecíamos e que havia suspeita. Agora, somente em caso de novas informações da perícia nos aparelhos celulares…”, explicou o delegado Anderson Spier.
O trabalho contou com apoio do CBMRS, que levou os cães de faro. Canoas foi incluída nas buscas por ser a cidade em que residiam a filha, de 51 anos, e o neto, de 28 anos, de Rubens, ambos presos preventivamente no dia 5 deste mês. Já Parobé poderia ser o destino do veículo dos suspeitos no dia do desaparecimento das duas vítimas.
Segundo o delegado Anderson Spier, a filha e o neto foram indiciados por duplo homicídio qualificado (pelo motivo torpe) e dupla ocultação de cadáver. Entre as provas que acusam o envolvimento dos dois está “a materialidade que restou comprovada pelo exame DNA, compatível com o do senhor Rubens, encontrado no sangue da parede da casa da residência das vítimas”.
A defesa dos acusados, que negam a autoria do crime, afirmou que não existem provas técnicas contra os dois e que ambos são inocentes.