Célula de facção criminosa é alvo de operação policial em Gravataí

Célula de facção criminosa é alvo de operação policial em Gravataí

Grupo, coordenado por um detento e três filhos, estaria envolvido em homicídios e tráfico de drogas

Correio do Povo

Ação teve 11 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão

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Uma célula de uma facção criminosa, envolvida com uma onda de execuções e narcotráfico, foi alvo no começo da manhã desta segunda-feira da operação Plátanos da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Gravataí, com apoio do 17º BPM e da Guarda Municipal. A Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil atuou junto na ação.

Doze suspeitos foram presos durante o cumprimento de 27 ordens judiciais em residências, sendo 11 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, por 85 agentes. Medidas cautelares de apreensão de três veículos e o sequestro de uma residência também foram efetivadas. Os bens foram avaliados em torno de meio milhão de reais. Uma arma de fogo foi apreendida.

A investigação começou em outubro do ano passado, sob coordenação do titular da DPHPP de Gravataí, delegado Daniel de Queiroz Cordeiro, após o recebimento de diversas fotos publicadas por um perfil em uma rede social. Nelas, os criminosos, envolvidos com tráfico de drogas e homicídios, exibiam armas de fogos de vários calibres. 

Diligências preliminares foram realizadas e suspeita-se que as armas  exibidas nas redes sociais possam ter sido utilizadas em homicídios no município. Ao menos dez execuções foram registradas nos bairros Xará, Guadalajara, Breno Garcia, Sagrada Família e Vila Neila.

Uma família comanda a célula da facção criminosa, que está sediada na área conhecida como Beco do Mosquito. Tratam-se de um detento e três filhos. O pai e um dos filhos encontram-se inclusive recolhidos na Penitenciária Estadual de Jacuí (PEJ). Na cela, o pai teve apreendido recentemente uma pistola calibre 6.35 com 24 munições e dois telefones celulares. Conforme os policiais civis, cada um dos filhos é responsável pela venda de um tipo de droga, como cocaína, crack e maconha. O grupo tem uma extensão no Loteamento Breno Garcia, onde três facções criminosas dividem a região.

A equipe da DPHPP de Gravataí descobriu que os criminosos monitoravam quem ingressava no Beco do Mosquito e utilizavam até uma linha de rádio comunicação nas 24 horas para se comunicarem sobre eventuais movimentações policiais.

Ao longo do trabalho investigativo, os policiais civis apuraram também que três organizações criminosas estavam disputando territórios para controlar o tráfico de drogas, o que resultou em ao menos dez homicídios, em Gravataí.

Foto: Alexandre Nervo / PC / Divulgação / CP


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