Carreata da Ugeirm Sindicato homenageia policiais civis mortos na pandemia

Carreata da Ugeirm Sindicato homenageia policiais civis mortos na pandemia

Entidade de classe defende ainda vacinação imediata na segurança pública

Correio do Povo

Manifestação saiu do Monumento ao Laçador, na BR 116, passou pelo Palácio Piratini e encerrou em frente ao Hospital Ernesto Dorneles

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A Ugeirm Sindicato promoveu uma carreata na manhã desta segunda-feira em Porto Alegre para homenagear policiais civis mortos pela Covid-19. A entidade de classe também exigiu a vacinação imediata para a categoria e demais servidores da área da segurança pública. A manifestação saiu do Monumento ao Laçador, na BR 116, passou pelo Palácio Piratini e encerrou em frente ao Hospital Ernesto Dornelles, na avenida Ipiranga. No local, os participantes realizaram um aplauso coletivo a todos os profissionais da saúde que estão diariamente atuando na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus. No Interior, os agentes realizaram os atos juntos das delegacias.

O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, afirmou que o objetivo da carreata foi o de “chamar a atenção dos governos federal e estadual para alteração do cronograma de vacinação do pessoal de segurança pública”. Segundo o dirigente, os profissionais da área precisam ser também prioridade sobretudo no momento em que "a pandemia se acelerou" no país. “Aqui no Rio Grande do Sul temos mais de 800 policiais civis infectados e mais de 70 afastados, além de seis mortes em menos de uma semana”, enfatizou, lembrando que muitos dos internados estão em estado grave. Os falecimentos incluem servidores ativos e inativos.

Isaac Ortiz disse ainda que a sociedade gaúcha precisa de segurança, mas para isso “precisamos estar protegidos” do vírus. Para o presidente da Ugeirm Sindicato, os policiais civis têm as armas para enfrentarem a criminalidade. “Contra o coronavírus, a única arma que temos nesta guerra é a vacina”, concluiu.

Já o vice-presidente da entidade de classe, Fábio Castro, observou que a carreata realizada nesta segunda-feira é o prosseguimento da campanha de homenagem aos policiais civis que morreram na pandemia e em prol da vacinação devido ao “impacto muito forte” da Covid-19 na categoria. Ele criticou a lentidão do governo federal no processo de aquisição do imunizante, pois tem “custado muitas vidas”. O dirigente pede igualmente maior empenho do governo estadual na compra das doses.

Sirenaço 

Na manhã do dia 10 deste mês, um sirenaço foi realizado também em memória das mortes por Covid-19 de policiais civis e pela vacinação imediata da categoria. A manifestação ocorreu nas delegacias em todo o Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, o ato foi promovido em frente ao Palácio da Polícia, no cruzamento das avenidas Ipiranga e João Pessoa. As sirenes das viaturas policiais foram ligadas durante três minutos.

Nota oficial 

Em nota oficial, a Ugeirm Sindicato destacou que em várias cidades os policiais civis já estão encaminhando requerimentos às prefeituras, para que “as administrações municipais coloquem os profissionais da segurança pública como grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19”. A entidade de classe citou que Bagé foi “a primeira a tomar tal providência, começando a vacinação desses profissionais” na última sexta-feira.

“A categoria está no final da fila das prioridades de vacinação, enquanto cumpre suas atividades de forma normal. Essa situação, se não for alterada urgentemente, levará a segurança pública ao colapso, com o déficit do contingente policial levado ao extremo absoluto”, advertiu a entidade de classe. “Se o caos na saúde já está colocando a população à beira de um precipício, o colapso na segurança pública significará o rompimento total do tecido social, com a sociedade deixada a sua própria sorte”, alertou.

Foto: Ricardo Giusti


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