Caso Bernardo: Conselho Federal de Enfermagem cassa registro da madrasta do menino
Enfermeira é acusado de participar de atos premeditados que causaram a morte da criança
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O processo ético-disciplinar contra Graciele foi instaurado pelo Coren-RS em junho de 2014. A plenária do Conselho concluiu, em agosto de 2016, que a enfermeira participou de atos premeditados, com o objetivo de causar a morte do menino. A profissional aproveitou o conhecimento técnico que tinha na área da Enfermagem para realizar o homicídio.
Em abril, o assassinato do menino completou três anos. O crime, que ocorreu em Três Passos, chamou a atenção e ficou marcado por ter sido cometido pelo pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta. Além disso, viraram réus os irmãos Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, e Evandro Wirganovicz, acusados de terem ajudado na ocultação do corpo do menino.
Os quatro seguem presos, à espera do julgamento. Leandro Boldrini está na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Graciele e Edelvânia, na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre; e Evandro, no Presídio Estadual de Três Passos. Desde o início do processo, já foram ouvidas 25 testemunhas de acusação e 28 de defesa na fase de instrução do processo.
Nas investigações, a Polícia Civil concluiu que o menino morreu em consequência de uma superdosagem do sedativo Midazolan, supostamente aplicado por Graciele e Edelvânia, e comprado com uma receita assinada pelo pai dele. O ciúme que a madrasta tinha do menino motivou o crime, conforme a acusação. No inquérito, a Polícia concluiu que o pai do menino foi o mentor do crime.
Acusados pelos crimes de ocultação de cadáver. Leandro e Graciele, especificamente, respondem por homicídio quadruplamente qualificado, Edelvânia por homicídio triplamente qualificado e Evandro por homicídio duplamente qualificado. Boldrini ainda vai responder por falsidade ideológica, conforme a denúncia do Ministério Público.