Caso Gabriel: Justiça acata pedido e PMs são acusados por homicídio triplamente qualificado

Caso Gabriel: Justiça acata pedido e PMs são acusados por homicídio triplamente qualificado

Policiais suspeitos devem permanecer no Presídio Militar de Porto Alegre

Correio do Povo

publicidade

A juíza Juliana Neves Capiotti, da Vara Criminal de São Gabriel, recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra os três policiais militares investigados pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro. A decisão é desta terça-feira e a magistrada acatou a íntegra do pedido do MP. Os três policiais foram acusados de homicídio triplamente qualificado. A fundamentação se baseia na presença dos requisitos legais, “bem como, há elementos que dão suporte probatório apto a justificar a persecução penal".

O caso

Gabriel Marques Cavalheiro foi encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé, uma semana após o seu desaparecimento. O jovem de 18 anos, morador de Guaíba, estava na Fronteira Oeste para prestar serviço militar obrigatório. As investigações apontam que ele foi abordado pelos três policiais e levado na viatura. Depois disso, Gabriel não foi mais visto com vida. O trio encontra-se preso no Presídio Militar de Porto Alegre, onde deverá permanecer.

De acordo com laudo técnico, Gabriel morreu por hemorragia interna, provocada por um objeto contundente. O sangramento ocorreu a partir de golpes dados na coluna cervical, na região da nuca. 

Em coletiva de imprensa nessa segunda-feira, o MPRS rechaçou qualquer tentativa de comprometer a investigação e o próprio processo judicial. No domingo passado, um foragido, capturado em Santa Maria, declarou que era o autor do assassinato do jovem em São Gabriel. A Polícia Civil e a Brigada Militar, no entanto, já descartaram a participação desse indivíduo, no crime. “As investigações que foram realizadas desde o princípio apontaram o envolvimento dos que agora são denunciados”, assegurou o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo.

“O MPRS não permitirá e não compactuará com qualquer tentativa de encobrir a verdade dos fatos. A verdade dos fatos é essa que vem expressada pelos colegas que estão atuando desde o início, acompanhando as investigações que apontam o envolvimento, a responsabilidade desses que são agora denunciados”, enfatizou na ocasião.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895