Cinco assaltantes de bancos são condenados a penas que variam de 36 a 128 anos de reclusão

Cinco assaltantes de bancos são condenados a penas que variam de 36 a 128 anos de reclusão

Eles participaram do roubo a uma agência do Banco do Brasil em Porto Xavier, no dia 24 de abril de 2019

Correio do Povo

Policial militar morreu no cerco aos criminosos em Campina das Missões

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Cinco assaltantes de bancos foram condenados a penas que variam de 36 a 128 anos de reclusão em regime inicial fechado, conforme sentença assinada pela juíza de Direito Alice Alecrim Bechara, da Vara Judicial da Comarca de Porto Xavier, na região Noroeste do Estado. Eles participaram do roubo a uma agência do Banco do Brasil na cidade, no dia 24 de abril de 2019. O ataque rendeu em torno de R$ 1,1 milhão.

A decisão fixa as maiores penas, de mais de 100 anos, a dois réus. Ambos foram responsabilizados por latrocínio consumado pela morte do policial militar Fabiano Heck Lunkes,34 anos, da Brigada Militar de Cerro Largo, baleado durante cerco aos criminosos em Campina das Missões.

A denúncia foi elaborada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e o inquérito realizado pela Polícia Civil. Todos os réus, que tiveram também a prisão preventiva mantida, foram condenados por crimes de organização criminosa, receptação, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, porte ilegal de armas de fogo de uso permitido, roubo majorado à agência bancária e de veículo, além de sete tentativas de latrocínio contra policias civis e militares. Outros três homens citados na denúncia foram absolvidos de todas as acusações.

Em trecho da decisão, de 424 páginas, a magistrada destacou a violência usada pelos condenados, que munidos de fuzis invadiram a agência com o uso de uma picareta, disparando tiros e fazendo de reféns clientes e funcionários. Sequência de acontecimentos causadora de “momentos de verdadeiro pânico na cidade”, refere a juíza.

“Deve ser levado em conta o número de vítimas envolvidas no intento criminoso, que foram utilizadas como reféns para a formação do cordão humano em frente ao banco, sendo ameaçadas durante a empreitada com arma de fogo, com exposição da vida e da integridade física a risco considerável”, observou.

Em relação à morte do brigadiano, a juíza Alice Alecrim Bechara disse que “não há dúvidas quanto ao delito de latrocínio consumado praticado pelos acusados, os quais, em comunhão de esforços e unidade de desígnios, após subtraírem os bens da agência bancária e se separarem dos demais comparsas, causaram a morte do policial militar Fabiano Heck Lunkes, mediante violência exercida com disparos de armas de fogo de uso restrito, com o nítido intuito de assegurarem a impunidade do crime”.

Pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul atuaram no processo os promotores de Justiça Leandro Capaverde Pereira, Gabriel Munhoz Capelani e Ecléia Silvani Deuschle.


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