Comitiva denuncia ataque a indígenas à chefe da Polícia Civil

Comitiva denuncia ataque a indígenas à chefe da Polícia Civil

Delegada Nadine Anflor prometeu prioridade ao inquérito sobre disparos na Ponta do Arado

Correio do Povo

Reunião ocorreu no Palácio da Polícia, nesta sexta-feira

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A Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, recebeu no Palácio da Polícia uma comitiva com representantes indígenas e parlamentares para tratar do ataque sofrido na semana retrasada pela comunidade Mbyá Guarani. A delegada garantiu prioridade ao inquérito instalado para apurar os disparos de arma de fogo no local onde o grupo vive, conhecido como Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, na zona Sul de Porto Alegre.

No dia 11 de janeiro, a comunidade indígena foi alvo de atiradores. No local, foram encontrados cartuchos de armas calibre 9 milímetros e 22. Desde então, o clima é de apreensão entre os indígenas.

O delegado Fernando Soares explica que já há um inquérito policial instalado para apurar as denúncias: “Vamos agilizar todas as medidas para concluir o inquérito o quanto antes e remeter para a Justiça”, garante. Soares afirma que a PC enfatizou pedido à BM para reforçar medidas preventivas envolvendo o caso. A presença de policiais federais no local também será apurada. “Vamos buscar identificar quem são as pessoas que estão entrando nessa área”, destaca. Uma pessoa já teria sido identificada.

O deputado estadual Pedro Ruas (PSol) afirma que uma empresa cercou o local e privou a comunidade indígena do direito de ir e vir. O grupo estaria numa área de 15x35 metros. “Há crimes, há o cárcere privado correlato e paralelo ao delito de ameaças e que, no último dia 11, chegou ao cúmulo dos tiros, do uso de arma de fogo, que na minha opinião é tentativa de homicídio. É uma questão gravíssima”, observa. A deputada federal eleita Fernanda Melchionna (PSol) pediu que o inquérito seja concluído com rapidez.

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