Contrabando de cigarros paraguaios é alvo da Polícia Federal e da Receita Federal no RS
A líder de um dos três grupos investigados tinha R$ 270 mil em dinheiro na casa, em Gravataí
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A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram ao amanhecer desta quarta-feira a operação Canoeiros, cujo objetivo é desarticular três organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros paraguaios no Rio Grande do Sul. Na ação foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Eldorado do Sul, Guaíba, Canoas, Gravataí e Cachoeirinha. Mais de R$ 300 mil em dinheiro, documentos, computadores, armamento e cigarros foram recolhidos, além de um preso em flagrante.
Um dos alvos foi a residência da líder de um dos três grupos investigados, situada em um condomínio de luxo em Gravataí. Na moradia da mulher, de 29 anos, os policiais federais apreenderam em torno de R$ 270 mil em dinheiro, joias e relógios caros, um veículo importado da marca Jaguar, além de computadores, celulares e documentos. Em maio deste ano, a Polícia Federal e a Polícia Civil recolheram um carregamento de 450 mil maços de cigarros, avaliados em R$ 2 milhões, em Cachoeirinha, que pertenciam à contrabandista.
Durante as investigações, em torno de R$ 8 milhões em mercadorias ilegais foram apreendidos em nove carregamentos interceptados. No período, os policiais federais prenderam 24 criminosos e recolheram aproximadamente 1,8 milhão de maços de cigarros. Estão sendo investigadas a sonegação de tributos e a importação irregular de cigarros.
A apuração sobre a atividade dos três grupos criminosos começou em fevereiro deste ano e visou sobretudo identificar a distribuição de cigarros produzidos no Paraguai. Os contrabandistas adquiriam o produto naquele país e realizavam o transporte para depósitos no Rio Grande do Sul. Posteriormente, a mercadoria ilegal era distribuída para comércios da Região Metropolitana de Porto Alegre e ainda para o Sul do Estado.
