Delegacia de Polícia é fechada e interditada após suspeita de novo coronavírus em Porto Alegre

Delegacia de Polícia é fechada e interditada após suspeita de novo coronavírus em Porto Alegre

Agente da 11ª DP apresentou sintomas de forte gripe e foi orientado a ficar isolado dentro de casa

Correio do Povo

Prédio foi fechado por medida de segurança e deve passar por um processo de limpeza

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A 11ª DP de Porto Alegre foi interditada por medida de segurança após um policial civil apresentar sintomas de uma gripe forte, com febre e dores no corpo. Houve o fechamento inclusive do plantão da delegacia que fica localizada na avenida Salvador França, quase esquina com a avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon. O agente acionou o serviço municipal de saúde e foi orientado a permanecer em isolamento dentro da residência, obedecendo a recomendação para casos suspeitos de coronavírus. Ele deve buscar atendimento de emergência somente se tiver dificuldade respiratória ou algo mais grave. 

Na manhã deste sábado, o diretor da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre, delegado Fernando Soares, confirmou a interdição da 11ª DP à reportagem do Correio do Povo. A realização de uma limpeza rigorosa no prédio será avaliada na próxima semana juntamente com a definição dos procedimentos a serem adotados para futuros casos semelhantes nas delegacias. "O objetivo é estabalecer normas", resumiu.

Já a Ugeirm Sindicato, que representa a categoria, havia emitido na sexta-feira um alerta sobre os perigos em que estão expostos os policiais civis diante da epidemia do coronavírus. A entidade de classe elaborou um documento que foi entregue pessoalmente à Chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, com a reivindicação de medidas urgentes que possam minimizar os riscos frente ao coronavírus e possam preservar a saúde dos agentes.

Na manhã deste sábado, o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro, afirmou que “a nossa preocupação é com as Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento, especialmente àquelas que mantêm presos”. Conforme o dirigente, o ambiente das DDPAs representam um “tremendo vetor de contágio”.

Entre as medidas sugeridas pela entidade de classe, além da retirada imediata de todos os presos das delegacias, estão a suspensão temporária das operações policiais, a restrição do atendimento nas DPPAs, mantendo apenas o atendimento de casos graves e a distribuição de materiais adequados ao trabalho seguro, como máscaras cirúrgicas do tipo N95/PFF2. O mesmo documento foi encaminhado ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça do Estado, ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa. A direção da Ugeirm Sindicato aguarda medidas concretas que “preservem a saúde dos e das policiais civis”.


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