Denarc acredita que LSD deve ter vindo de Santa Catarina ou da Europa
Polícia apreendeu quase 7 mil pontos da droga, considerada de difícil rastreamento
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O delegado observou também que o valor de um ponto de LSD fica entre R$ 50 e R$ 100 e que se trata de uma droga muito utilizada em festas de música eletônica e por pessoas com alto poder aquisitivo devido ao preço de venda elevado.
O trabalho apontou que o grupo criminoso investigado é um dos maiores responsáveis pela venda de drogas sintéticas no RS. “Diferentemente das drogas convencionais, as rotas de abastecimento das drogas sintéticas muitas vezes são baseadas em esquemas mais complexos de distribuição e transporte, visto que a droga tem reduzido volume e não é detectada com algumas técnicas usuais de monitoramento”, explicou, citando a ocultação das cartelas de LSD dentro de livros e celulares. “É muito difícil de ser encontrada pelo pequeno volume e por não ter cheiro”, acrescentou.
Mário Souza lembrou que o usuário, na primeira vez que experimenta LSD, apelidado de “doce”, é orientado a dividir um ponto em quatro micropontos, enquanto os consumidores mais antigos já utilizam o ponto inteiro. O diretor de investigações do Denarc alertou que o entorpecente é “uma droga alucinógena potente e perigosa, sendo que uma única dose pode ter danos muito graves ao usuário”.
O material foi avaliado em cerca de R$ 700 mil. A droga sintética estava com inúmeras estampas coloridas suficientes para se transformarem em 26.7450 micropontos que seriam distribuídos principalmente em Porto Alegre, Região Metropolitana, Zona Sul, Centro, Serra e Litoral.