Denarc descobre laboratório de produção de cocaína em Parobé
Houve apreensão de farta quantidade da droga, insumo, químicos, matéria-prima, prensa e moldes, entre outros materiais
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O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil anunciou na manhã desta quinta-feira a descoberta de um laboratório de produção de cocaína em Parobé. Situado no bairro Alexandria, o local era mantido por uma célula da facção criminosa que atua na região do Vale do Rio dos Sinos.
A ação, iniciada na noite desta quarta-feira, foi coordenada pelo delegado Alencar Carraro. As investigações duraram em torno de quatro meses. Os agentes apuraram que a cocaína processada no laboratório abastecia também Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale do Paranhana.
A droga, com grande teor de pureza, vinha de fora do Rio Grande do Sul. Ela era misturada com insumos para aumentar a rentabilidade, sendo prensada, embalada e distribuída para os traficantes ligados à facção Criminosa e posteriormente enviadas às bocas de fumo ou direcionadas ao sistema de tele entrega.
No local, um casal de Novo Hamburgo foi preso pelos policiais civis no momento em que desembarcava de um Fiat Uno. Houve a apreensão de cerca de 400 gramas de cocaína em um compartimento oculto no veículo.
Em seguida, a equipe do Denarc abordou um terceiro indivíduo na entrada do imóvel que abrigava o laboratório. Após minuciosa revista no prédio, os agentes recolheram 27 sacos contendo cocaína, matéria-prima, insumos e frascos de produtos químicos destinados à preparação de drogas, totalizando mais de 131 quilos.
Duas balanças de precisão, telefones celulares, liquidificadores para as misturas, cadernos com anotações de grandes quantidades de entorpecentes e dinheiro, documentos de suspeitos, embalagens, prensa hidráulica de grande capacidade, moldes, formas e matrizes para identificar as drogas do grupo criminoso foram também encontrados.
O delegado Alencar Carraro destacou que nos últimos meses foram apreendidas grandes quantidades de drogas pelo Denarc que seriam distribuídas pela facção criminosa, resultando em grandes prejuízos ao grupo criminoso. “A partir de mais essa grande apreensão, serão continuadas as investigações para responsabilizar os eventuais componentes dessa célula criminosa, sobretudo as lideranças, bem como a aplicação dos esforços necessários para a localização e retirada de bens e valores dos traficantes”, observou.
