Empresário acusado de locaute continua preso em Porto Alegre
Empresa argumenta que suspeito não tem cargo nem é sócio da companhia
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Segundo a assessoria da empresa, o homem que foi acusado não tem cargo, não é sócio da empresa e qualquer "pretensa ação que lhe seja imputada" não expressa a posição da companhia. Por meio de nota, a empresa garante que opera normalmente e que espera que as informações divulgadas pela imprensa, de uma suposta participação na greve dos caminhoneiros, sejam esclarecidas o mais rápido possível. A companhia afirmou também ter sofrido os efeitos da paralisação de 11 dias dos caminhoneiros.
Provas contundentes
A Agência Brasil não conseguiu contato, que, em entrevistas a veículos de notícias locais, revelou que seu cliente nega ter ameaçado motoristas que cogitavam deixar a paralisação e furar os bloqueios montados em rodovias gaúchas. No dia anterior, o superintendente regional da Polícia Federal, delegado Alexandre Isbarrola, afirmou que a PF tinha "provas contundentes" da prática de locaute por donos de transportadoras gaúchas. Sem mencionar nomes, o superintendente disse que "uma grande transportadora atuava com violência e grave ameaça".
De acordo com o delegado, comboios de veículos eram mobilizados seguindo as ordens de empresários. Os manifestantes abordavam os caminhões que trafegavam pelas rodovias BR 116, RS 122 e RS 452, obrigando-os a parar. Segundo o superintendente, o objetivo era gerar o desabastecimento de grãos e de proteína animal na região serrana do estado.