Estudante de Direito é denunciada pelo MPRS por apropriar-se de cheques de empresa

Estudante de Direito é denunciada pelo MPRS por apropriar-se de cheques de empresa

Universitária mantinha padrão de vida incompatível com cargo de auxiliar administrativo

Correio do Povo

Crime ocorreu em Bom Princípio

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) ofereceu denúncia contra uma estudante de Direito que se apropriava de cheques da empresa na qual trabalhava, localizada na cidade de Bom Princípio. Conforme a denúncia, valendo-se da condição de auxiliar administrativo contratada de empresa, a estudante, na época com 21 anos, apropriou-se de inúmeros cheques.

A denunciada era responsável por receber pagamentos de clientes e guardá-los no cofre da empresa, bem como lançá-los no sistema de registro e controle. Assim, tendo livre acesso aos cheques, depositava-os em sua conta corrente, inclusive anotando seu nome, assinatura e conta corrente na frente e no verso, o que foi constatado após a proprietária perceber o que ocorria e informar à Polícia Civil.

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência da denunciada foram encontrados, escondidos no roupeiro do quarto da denunciada, 125 cheques preenchidos, todos emitidos por clientes da empresa, em valor aproximado de R$ 60 mil. Os cheques recuperados foram restituídos à sócia da empresa.

Conforme a promotora de Justiça de São Sebastião do Caí, Priscilla Ramineli Leite Pereira, a estudante não confessou a prática do crime, preferindo manter-se em silêncio. Além disso, a universitária trabalhava na empresa vítima desde 2017, gozando de confiança dos empregadores. Assim, “verifica-se que o oferecimento de acordo de não persecução penal não é necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime”, disse a promotora de Justiça. O valor exato dos cheques apropriados indevidamente ainda está sendo apurado.

Por fim, Priscilla Ramineli destacou que a denunciada ostentava nas redes sociais elevado padrão de vida, não condizente com o valor de seu salário como funcionária da empresa. “Tudo leva a crer que usava os valores desviados para desfrutar de seus luxos. Além disso, por ser estudante de Direito, de acordo também com suas redes sociais, se mostram ainda mais reprováveis suas atitudes nessas circunstâncias”, ressaltou a promotora.


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