Ex-líder do tráfico na zona Leste da Capital regride para o regime fechado

Ex-líder do tráfico na zona Leste da Capital regride para o regime fechado

Determinação ocorreu após a BM encontrar uma pistola 9mm com um homem que estava no carro em que o Jura viajava para a Capital

Correio do Povo

Ex-líder do tráfico na Capital foi preso em Charqueadas nesta quarta-feira

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A Justiça determinou no início da noite desta quarta-feira que Juraci Oliveira da Silva, o Jura, deve regredir de regime, voltando para o fechado. A decisão foi tomada após o detento, que cumpria pena no regime semiaberto, ter sido flagrado em um carro que ia de Charqueadas para Porto Alegre. Ele já foi conduzido do Instituto Penal de Charqueadas (IPCH) para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Na manhã desta quarta-feira Jura havia sido interceptado pela Brigada Militar em um carro onde foi encontrada uma pistola 9mm. Cumprindo pena em regime semiaberto desde 29 de janeiro deste ano, ele viajava de Charqueadas para Porto Alegre para uma consulta médica autorizada pela Justiça. Jura, que comandava o tráfico de drogas na zona Leste da Capital, se deslocava em um Ford Edge, ao lado da companheira e de dois homens.

Eles foram abordados próximo à saída da cidade na ERS 401. Durante a revista, os PMs encontraram a pistola com um dos passageiros. A BM realizava operação especial após receber denúncias de uma possível tentativa de resgate de presos. Encaminhados à DP local, os três homens foram autuados por posse compartilhada de arma legal e foi arbitrada a fiança de R$ 10 mil para Jura e R$ 5 mil para cada um dos dois ocupantes do veículo. A mulher do traficante não foi autuada.

A fiança de Jura foi paga por sua advogada, que também pagou os R$ 5 mil do outro homem, um detento que estaria pegando carona. O terceiro acusado teve o valor pago por seu advogado. Segundo o delegado Marco Aurélio Schalmes, a possibilidade de uso foi determinante para a denúncia contra o trio. “Qualquer um dos três homens tinha condição de usar a pistola”, ressaltou o delegado.

Condenado a 74 anos de prisão, entre outros crimes, Jura responde pelo assassinato do vice-presidente do Cremers, oftalmologista Marco Antônio Becker, executado a tiros em 4 de dezembro de 2008, na rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, em Porto Alegre.


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