Ex-padre suspeito de pedofilia vai ter de aguardar julgamento detido
Justiça converteu prisão temporária, que vencia na próxima terça-feira, em provisória
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Fundador da Igreja Veterodoxa, o ex-padre teve o templo fechado ainda no fim do ano passado. A identidade da maioria das vítimas envolvidas no caso é preservada.
Outros crimes como estelionato, racismo e curandeirismo também são alvo da polícia, uma vez que o religioso mantinha a prática de cobrar entre R$ 100 a R$ 500 para realizar rezas à distância garantindo cura a uma série de males. Já em meados de 2007, ele impediu um caminhoneiro de descarregar materiais de construção na área, em função de o homem ser negro. Depoimentos de monges e de testemunhas embasaram a investigação.
Excomungado da Igreja Católica e expulso da Anglicana, em 2011, o religioso foi preso durante a operação “Silêncio dos Inocentes”, da Polícia Civil. Durante a detenção, foram apreendidos R$ 6 mil e duas armas. A investigação foi aprofundada após o lançamento de um livro em que uma das vítimas, o empresário Marcelo Ribeiro, hoje com 49 anos, que vive em Minas Gerais, relata ter sofrido abuso. No Presídio Estadual de Caçapava do Sul, ele está alojado em uma cela isolada. Ele também recebe dieta especial para diabetes, sob recomendação médica.