Execução de traficante coloca Brigada Militar e Polícia Civil em alerta em Porto Alegre

A Brigada Militar e a Polícia Civil estão em alerta após a execução a tiros do traficante conhecido como Luizinho da Tamanca, ocorrida ao amanhecer de domingo passado dentro de uma residência na rua Papoula, no bairro Agronomia, em Porto Alegre. A possibilidade de uma nova onda de violência, com retaliações entre facções rivais, é monitorada. Na manhã desta segunda-feira, a reportagem do Correio do Povo constatou o reforço do policiamento na região, como na vila Esmeralda (antiga vila Tamanca) e no Beco dos Cafunchos, situados entre os bairros Lomba do Pinheiro e Agronomia. O patrulhamento está sendo realizado pelos policiais militares da Força Tática do 19º BPM. 

Responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Brigada Militar, o tenente-coronel Rogerio Stumpf Pereira Junior confirmou que “já estamos efetuando ações preventivas na região para combater qualquer novo fato delituoso”. Segundo ele, a corporação está realizando estudos e análises de inteligência, além de monitoramento da região e arredores, para “impedir novas ações”. Conforme o comandante do CPC, as tropas especializadas serão acionadas caso seja necessário. “Os crimes de homicídios são monitorados e analisados minuciosamente para delimitar as ações estratégicas para prevenção destes fatos bem como para imediata ação policial para conter novos fatos”, acrescentou.

Já o diretor da Divisão de Inteligência Policial e Análise Criminal do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) da Polícia Civil, delegado Eibert Moreira Neto, explicou que está sendo apurada se “a morte dele foi um consumo interno da facção ou se foi praticado por facção rival”. De acordo com ele, um novo conflito entre os grupos rivais “aparentemente não se desenha”, mas “estamos monitorando a movimentação entre as facções para fazer um prognóstico de ações”. A autoria da execução de Luizinho da Tamanca já está sendo investigada.