Facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos abastecia traficantes catarinenses com armamento

Facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos abastecia traficantes catarinenses com armamento

Investigação da Polícia Civil de SC apurou que, em troca, grupo gaúcho recebia drogas e dinheiro

Correio do Povo

Foto obtida pelos agentes sobre a negociação de um lote de fuzis, pistolas e carregadores deu início à investigação

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A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Network que investiga a relação entre duas facções criminosas, sendo uma do RS e outra de SC, no tráfico e comércio de drogas e armas entre si. A cidade de Novo Hamburgo, no Vale do Rio dos Sinos, foi um dos alvos da ação pois a facção gaúcha da região realizava os negócios com os traficantes catarinenses. “O Rio Grande do Sul fornecia fuzis e pistolas e Santa Catarina em contrapartida repassava dinheiro ou drogas com forma de pagamento”, observou o titular da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil/SC, delegado Antônio Seixas Joca. Responsável pela investigação desde o ano passado, ele destacou que um criminoso gaúcho foi identificado “como o elo de ligação com os narcotraficantes catarinenses e principal fornecedor de armas”. Um total de 83 envolvidos com a quadrilha foram identificados no esquema.

Na operação Network foram cumpridas 150 ordens judiciais, sendo 83 mandados de prisão temporária e 67 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Canelinha, Criciúma, Itapema, Taió e Pouso Redondo, em SC, além de Novo Hamburgo, no RS. Mais de 50 criminosos foram presos, sendo recolhidos cerca de R$ 60 mil em dinheiro, documentos de movimentação bancária, armas e entorpecentes, além de celulares. Mais de 300 policiais civis foram mobilizados e tiveram apoio aéreo.

Uma foto obtida pelos agentes sobre a negociação de um lote de fuzis, pistolas e carregadores, exibidos em cima de uma cama de casal, é que deu início à investigação. Ao longo do trabalho policial, os policiais civis catarinenses apreenderam armamento pesado e drogas, sendo registradas inúmeras negociações envolvendo o comércio ilegal que incluía armamento de grosso calibre, como fuzis AK 47, enviados do RS para SC.


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