Fake news é alvo de campanha de esclarecimento lançada pela Polícia Civil

Fake news é alvo de campanha de esclarecimento lançada pela Polícia Civil

Um dos objetivos é acabar com boatarias de falsos funcionários invadiam casas e apartamentos

Correio do Povo

Agentes deixam de apurar crimes de verdade para verificar mensagens que causam pânico nas redes sociais

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A Polícia Civil lançou uma campanha contra as fakes news que envolvem alertas contra supostos criminosos que se aproveitam do atual momento diante da pandemia do coronavírus. Além dos boatos de que falsos agentes da vigilância sanitária estariam assaltando edifícios e casas, um outro adverte que técnicos da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) circulam nas redes sociais. Nenhum desses dois “casos” foi registrado nas delegacias. “Fake news em épocas como a que estamos vivendo servem apenas para desestabilizar a sociedade e tornar o trabalho das instituições ainda mais complicado num cenário já fragilizado pelo medo”, declarou a Chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor. A campanha da instituição em suas redes sociais consiste na divulgação constante de cards que explicam o que são e como não cair no conto do vigário.

A boataria prejudica o trabalho da corporação. No caso dos “agentes sanitários”, os policiais civis foram designados para averiguar a situação, deixando de apurar efetivamente os crimes. Já a história dos “técnicos da CEEE” foi compartilhada e tratada como verdade. Além de um áudio, uma versão do alerta é acompanhada também da foto de dois supostos falsos funcionários da companhia em um veículo. Um exame mais minucioso na imagem do carro, porém, revela que as placas são de São Paulo.

A delegada Nadine Anflor observou que, independentemente das mentiras, a população precisa adotar medidas habituais de segurança. “Não se pode permitir o ingresso de pessoas estranhas sem a devida identificação da empresa ou órgão público que representam. Também não se pode repassar dados particulares e de contas bancárias a terceiros, principalmente quando solicitadas por telefone. Se o edifício ou a residência possuem empregados, eles também devem ser orientados”, orientou.

Nadine ressaltou a importância de se questionar informações sobre casos policiais vindas de outras fontes que não das próprias corporações. “A informação verdadeira, coesa e fidedigna aos fatos sempre partirá da instituição”, assegurou. Ela propõe ainda que sejam acompanhadas também as notícias dos veículos de comunicação que realizam “um trabalho de credibilidade junto ao setor da segurança pública. Para a delegada, o cidadão está no “centro da pandemia e, portanto, também é parte da solução”. Na avaliação dela, as pessoas precisam agir com responsabilidade, “quer se isolando em casa para evitar a disseminação da Covid-19, quer questionando a veracidade do que compartilha nas redes sociais”.


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