Família contesta versão de que serralheiro tentou agredir PMs e acabou morto em Gravataí

Família contesta versão de que serralheiro tentou agredir PMs e acabou morto em Gravataí

Filha da vítima disse que o pai estava em surto, não ameaçava ninguém e podia ter sido alvejado por arma de choque elétrico ao invés de tiros

Correio do Povo

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A família do homem morto por policiais militares na noite de quinta-feira passada no bairro Morada Gaúcha, em Gravataí, contesta a versão de que ele tentou agredir os brigadianos. Na manhã desta segunda-feira, a filha da vítima negou que o pai tenha atacado o efetivo do 17º BPM apesar de estar em surto.

Ela discordou ainda que o pai, um serralheiro de 57 anos, estivesse ameaçando a mãe dela. “Não era caso de Maria da Penha”, frisou.

A filha observou também que a família estava em um valo no pátio, no lado de fora da residência, situada na rua Catão Coelho, quando a vizinhança acionou a Brigada Militar. “Em momento algum ele nos ameaçou ou nos bateu”, assegurou.

Conforme a filha, o pai estava com uma faca de serrinha e poderia ter sido alvejado por um disparo com uma arma de choque elétrico ao invés de levar os tiros. “Informamos à BM que meu pai estava em surto. Ele estava acuado no pátio ao lado da casa. Era só conversar…”, disse. “Foi um total despreparo”, acrescentou.

Conforme o 17º BPM, os policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de violência doméstica no endereço e encontraram o morador em posse de duas facas. De acordo com a BM, ele investiu contra os policiais militares que efetuaram então os disparos. Socorrido e hospitalizado, a vítima não resistiu aos graves ferimentos durante atendimento médico. A ocorrência é investigada pela Polícia Civil.

 


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