Governador do Acre é alvo da PF por suspeita de corrupção

Governador do Acre é alvo da PF por suspeita de corrupção

Operação contra Gladson Camelli (PP) investiga esquema de corrupção envolvendo recursos destinados à Saúde e Educação

R7

Operação contra Gladson Camelli (PP) investiga esquema de corrupção envolvendo recursos destinados à Saúde e Educação

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O governador do Acre, Gladson Camelli (PP), é alvo de operação da (PF) Polícia Federal nesta quinta-feira (16). Ele e outros investigados são suspeitos de operarem um esquema de corrupção na cúpula do governo estadual. Segundo a investigação, os valores movimentados pelos envolvidos ultrapassam R$ 800 milhões. Ao todo, são cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em três estados e no Distrito Federal. Os policiais estão nas cidades de Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Manaus (AM) e Brasília (DF).

A operação foi autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que também determinou o bloqueio de R$ 7 milhões das contas dos investigados. O STJ ainda pediu o afastamento de secretários do governo estadual suspeitos de participarem do esquema.

De acordo com a investigação, foi detectado grande volume de movimentação de dinheiro vivo, inclusive com uso do aparato de segurança pública do governo estadual. A suspeita é que empresas pagavam propina ao grupo criminoso, a partir do recebimento de recursos de convênios do governo federal e também repasses do SUS (Sistema Único de Saúde) e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

“Nesse sentido, foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito por pessoas interpostas, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo”, informou a PF.

A CGU apurou que as empresas envolvidas possuem um grande volume de contratos com o poder público. O valor total empenhado para sete empresas foi de R$ 142 milhões durante o período analisado, sendo R$ 17 milhões de convênios federais e repasses da Saúde e Educação. “Foi possível constatar que os valores movimentados pelos envolvidos ultrapassam R$ 800 milhões, montante totalmente incompatível com o patrimônio e a atividade empresarial dos investigados”, complementa a polícia.

O R7 entrou em contato com o Governo do Acre e aguarda retorno.


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