Governo do Amazonas pede transferência de nove presos após mortes em presídios

Governo do Amazonas pede transferência de nove presos após mortes em presídios

Crimes nas casas prisionais deixaram 55 mortos entre domingo e segunda-feira

AFP

Na Unidade de Prisões de Puraquequara (UPP) morreram seis detentos

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Nove detentos que teriam ordenado uma série de mortes em quatro cadeias de Manaus, no Amazonas, devem ser transferidos para presídios federais esta semana, informou o governo do estado. Os nomes dos presos não foram divulgados, e a lista de transferência pode aumentar, no decorrer da investigação do ataque que deixou, entre domingo e segunda-feira, 55 mortos, a maioria por asfixia.

Na madrugada desta terça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, informou que vagas seriam disponibilizadas em presídios federais para os mandantes dos massacres. Ele também confirmou o envio de tropas da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária para reforçar a segurança nos presídios do estado do Amazonas.

O governador amazonense, Wilson Lima, disse na manhã hoje à imprensa que espera a chegada de 20 efetivos ao longo do dia, e de outros 80 até o final de semana. Nessa segunda, 40 detentos morreram. No Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), a 28 quilômetros de Manaus, ocorreram 25 mortes e, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), outros quatro detentos foram executados.

Já na Unidade de Prisões de Puraquequara (UPP), morreram seis detentos, e outros cinco, no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1). No domingo, 15 detentos morreram no Compaj, durante o horário de visitas. A mesma prisão foi palco em janeiro de 2017 de uma rebelião que durou 20 horas e deixou 56 mortos, um dos piores massacres já registrados em presídios brasileiros. 


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