Grupo especializado em estelionatos causou prejuízo superior a R$ 20 milhões, diz Polícia Civil

Grupo especializado em estelionatos causou prejuízo superior a R$ 20 milhões, diz Polícia Civil

Organização criminosa cometeu crimes contra cerca de 200 vítimas e costumava atuar em cidades da região Metropolitana

Correio do Povo

Houve 11 prisões e apreensão de 600 munições, dois fuzis, uniformes policiais e 18 veículos na ação

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A operação Gravataí Papers II da Polícia Civil apurou que a organização criminosa especializada em falsificações e estelionatos aplicou golpes que causaram mais de R$ 20 milhões em prejuízos para cerca de 200 vítimas. O grupo atendia também ao menos duas facções gaúchas com o objetivo de fazer a lavagem de dinheiro oriundo do narcotráfico e roubos, subsidiando deste modo as atividades ilícitas.

A ação foi realizada na manhã desta terça-feira pela Delegacia de Polícia de Investigação de Crimes Carcerários (Dicar) da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), sendo coordenada pelos delegados Gabriel Bicca e Bolívar dos Reis Llantada.

Houve 11 suspeitos presos e apreensão de cerca de 600 munições, dois fuzis, carregadores, telefones celulares, uniformes da Brigada Militar e Polícia Civil, equipamentos táticos falsos, armas de fogo, joias, documentos e 18 veículos de luxo, entre outros materiais. “Eles davam suporte e logística para uma facção criminosa do bairro Bom Jesus”, observou o delegado Gabriel Bicca.

O delegado Gabriel Bicca explicou que o grupo criminoso “fazia todos os tipos de golpe com base em falsificação documental e digital”. De acordo com ele, veículos roubados ou furtados, todos clonados, eram vendidos para as vítimas através da plataforma de venda online OLX. Quando as pessoas faziam a transferência é que descobriam o golpe. “Eles retiravam empréstimos em nome das vítimas”, acrescentou.



Cerca de 100 medidas cautelares entre prisões, buscas e bloqueios judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo e Canoas, além de Florianópolis, em Santa Catarina. Houve a prisão até o momento de seis suspeitos e recolhimento de armas de fogo, munições, joias e veículos, além de documentos e uniformes da Brigada Militar e Polícia Civil.

Em torno de 180 agentes foram empregados na operação, tendo apoio operacional da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Polícia Civil de Santa Catarina.

Foto: Ricardo Giusti / CP

OLX garante que está à disposição para colaborar

Em nota, a "OLX esclarece que não recebeu informações que possibilitem identificar que o caso tenha ocorrido na plataforma e reforça que está à disposição das autoridades para colaborar na apuração dos fatos. Segurança é uma prioridade para a OLX e a plataforma investe constantemente em tecnologia e serviços de orientação ao usuário.

A plataforma esclarece ainda que disponibiliza um espaço democrático em que os usuários possam anunciar e comprar produtos e serviços de forma rápida e simples, sempre com respeito aos Termos e Condições de Uso, com negociação direta entre vendedor e comprador, sem a intermediação da plataforma".


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