Grupo que atua no mercado de moedas virtuais é alvo de ação da PF no Rio Grande do Sul

Grupo que atua no mercado de moedas virtuais é alvo de ação da PF no Rio Grande do Sul

Policiais também devem cumprir mandados no Paraná, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal

Correio do Povo

Operação contra grupo ligado ao mercado de moedas virtuais

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Uma organização criminosa, sediada em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e ligada ao mercado de criptomoedas, é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira. De acordo com a investigação, o grupo não teria autorização de autoridades competentes para atuar no setor e teria realizado a captação ilegal de recursos de cerca de 1 milhão de clientes. Policiais federais devem cumprir 65 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Caxias do Sul. Ordens judiciais também devem ser cumpridas em Curitiba, no Paraná; Bragança Paulista, em São Paulo; Palmas, no Tocantins; e Brasília, no Distrito Federal. 

Também devem ser executadas medidas judiciais cautelares para apreensão de veículos, sequestro de bens e bloqueio de valores em contas correntes. A investigação tem o apoio da Receita Federal do Brasil e identificou captações que chegaram a 40 milhões de reais por dia pela organização criminosa. Os valores dos investidores eram aplicados no mercado de Foreign Exchange (FOREX), compra e venda de moedas, operações que somente são autorizadas às instituições financeiras oficiais. 

O inquérito policial foi instaurado em janeiro deste ano e apurou que os clientes do grupo eram atraídos pela promessa de retorno na ordem de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses. A captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”, em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo. 

A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que se abstivesse das práticas não autorizadas, mas seguiu atuando e teve expedida uma ordem de parada de operações (stop order), que também foi ignorada. Ao longo da investigação se evidenciaram outras práticas criminosas como atos de evasão de divisas, assim como crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.


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