Homem confessa ter matado menina de 12 anos em Santana da Boa Vista
Garota foi encontrada morta na casa de uma vizinha
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O investigado pela morte da menina de 12 anos encontrada morta no dia 10 de junho, em Santana da Boa Vista, confessou o assassinato. De acordo com a delegada Débora Dias, responsável pela investigação, o inquérito policial que apura a morte da menina está em suas diligências finais. “A mãe da vítima foi ouvida e reinquirido o padrasto. O investigado foi ouvido em Santa Maria, nas dependências da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente”, afirmou a delegada.
Segundo ela, foi quando ele confessou o assassinato, mas negou a violência sexual. “Quando questionado sobre a motivação do crime, apenas disse que teria "ouvido vozes". Durante o depoimento foi calmo, com raciocínio coerente. Foi coletado na manhã de quinta-feira, material genético do investigado para comparar com material genético coletado no corpo da vítima”, ressaltou. A delegada ainda explicou que mais informações sobre o indiciamento e as conclusões finais do caso podem ser divulgadas na próxima semana, após a remessa do inquérito policial ao Poder Judiciário.
Relembre o caso
A menina de 12 anos foi encontrada morta na casa de uma vizinha, em Santana da Boa Vista, na região Sul do Estado. A vítima teria ido à casa da vizinha, que é costureira, no final da manhã do dia 10 de junho. Como ela estava demorando, a mãe da vítima ligou para o esposo, que a aconselhou ir atrás para verificar o que estava ocorrendo. Quando chegou no local, a mulher encontrou o suspeito, de 29 anos na porta da casa e reconheceu o tênis da filha.
A mulher indagou o suspeito que disse ser de outra pessoa. Ela chamou a polícia, que solicitou revista no local. Enquanto estavam em um dos quartos, a mãe, que também participava da procura, entrou em outro e encontrou a filha em um armário, com a calça na altura do joelho e um cachecol enrolado no pescoço. Os policiais tentaram reanimar a menina até a chegada da ambulância, que constatou o óbito. A menina morreu estrangulada. O homem foi preso em flagrante e levado à delegacia.
Conforme a polícia, ele é usuário de drogas. No final da tarde, foi levado ao Presídio Municipal de Caçapava. No dia do assassinato, ele negou qualquer participação. Três dias depois, no dia 13 de junho, a casa onde a menina foi encontrada morta, foi incendiada e a polícia desconfia que tenha sido uma retaliação da população, por conta do crime.
No mesmo dia do incêndio, o acusado do crime foi transferido de presídio, sendo levado de Caçapava do Sul para Santa Maria. Uma semana após o assassinato, o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que a menina foi violentada sexualmente e morreu asfixiada.