Homem teria encomendado roubo da moto em caso que gerou morte de porteiro

Homem teria encomendado roubo da moto em caso que gerou morte de porteiro

Receptor foi preso em flagrante por adulteração de veículos nesta quinta-feira pela polícia<br />

Jessica Hübler

Polícia Civil realizou coletiva sobre apreensão de envolvidos na morte de porteiro assassinado no último domingo

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Após apreender, na manhã desta quinta-feira, o adolescente suspeito de matar o porteiro José Luís Godinho do Sacramento, de 57 anos, a Polícia Civil prendeu duas pessoas envolvidas no crime que ocorreu no último domingo, no bairro Cristal, zona Sul de Porto Alegre. Conforme a polícia, um homem havia encomendado uma moto roubada aos suspeitos.

Em coletiva realizada no Palácio da Polícia, na tarde desta quinta, o titular da 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre (20ª DP), delegado Juliano Ferreira, prestou esclarecimentos sobre o latrocínio, acompanhado pelo Chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt; pelo diretor da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), delegado Cleber Ferreira e pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegado Edilson Chagas Paim.

Os agendas da 20ª DP apreenderan o jovem de 17 anos nos fundos da casa da mãe, localizada na vila Cruzeiro, zona Sul de Porto Alegre, próximo ao local do crime. Na casa do adolescente foi encontrado um casaco que, de acordo com o filho do porteiro e testemunha do crime, ele estaria usando no momento do assalto.

A polícia também identificou um receptador que teria encomendado o roubo da moto para o menor, que a entregaria por R$ 500 para um revendedor de motos roubadas na região. O homem foi preso em flagrante no início da tarde desta quinta, por receptação e adulteração de veículos. Um terceiro indivíduo, que teria guardado a moto roubada do porteiro em um pátio, teve a prisão temporária indeferida pelo Poder Judiciário.

“A Polícia Civil se dedica ao máximo para que estes fatos não passem sem resolução, mas o Poder Judiciário tem que se convencer de que o crime só existe porque existe um receptador”, explicou o delegado Emerson Wendt.

“Os agentes da 20ª DP trabalharam de forma ininterrupta para esclarecer este fato e foi um trabalho de extrema sensibilidade. Como não havia câmeras de segurança no local, o que dificultou a investigação, contamos com relatos de testemunhas”, informou o delegado Juliano Ferreira.

O secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini, não pôde comparecer à coletiva pois estava em uma reunião do Governo.

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