IGP estreia técnica que preserva todo o material durante remoção de ossada humana

IGP estreia técnica que preserva todo o material durante remoção de ossada humana

Camadas de terra são retiradas cuidadosamente do local onde cadáver está enterrado

Correio do Povo

Peritas atuaram em uma cova dentro de um matagal em Canoas

publicidade

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou pela primeira vez em um local de crime uma écnica especial no momento da remoção de uma ossada. A estreia do procedimento ocorreu em um matagal na cidade de Canoas. Durante mais de três horas, as peritas Ana Carolina Albert e Renata Duarte retiraram a terra por camadas, revelando aos poucos os restos mortais sem alterar a posição dos fragmentos no solo. Elas também utilizaram pincéis e outros materiais plásticos para não danificar as estruturas ósseas.

Uma peneira foi usada para não deixar escapar pequenos fragmentos ósseos, como falanges, e dentes. De acordo com o IGP, o objetivo dessa técnica é preservar o material e obter mais informações sobre como foi a morte e de que modo o cadáver foi depositado. A intenção é que o método seja uma rotina no trabalho do IGP a partir de agora .

O protocolo seguido pelos peritos permite ainda recuperar vestes e outros objetos que não tenham se decomposto, o que não é possível quando são utilizados objetos maiores para remoção. A perita Criminal Rosane Baldasso orientou as colegas do Departamento de Criminalística que atenderam o caso. Segundo ela, esse tipo de coleta facilita o desenvolvimento do trabalho da Seção de Antropologia Forense do Departamento Médico Legal, que tem por objetivo estimar o perfil bioantropológico da vítima, como sexo, idade, altura e ancestralidade.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895