IGP-RS aponta asfixia como "causa mortis" mais provável para óbito de João Alberto

IGP-RS aponta asfixia como "causa mortis" mais provável para óbito de João Alberto

Laudo da perícia deverá ser concluído nos próximos dias

Correio do Povo

Instituto ainda afirmou que caso do homem negro espancado por seguranças está sendo tratado como "prioridade"

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O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) divulgou, nesta sexta-feira, que as análises iniciais do corpo de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado por seguranças no estacionamento do Carrefour, apontam para asfixia como "causa mortis mais provável". No entanto, o órgão afirmou que apenas a conclusão definitiva da perícia é que vai apontar com exatidão a causa do óbito. De acordo com o IGP, o laudo deverá ser concluído nos próximos dias.

Em publicação no Twitter, o IGP afirmou que o caso de João Alberto está sendo tratado como "prioridade" pelos Departamentos de Criminalística e Médico-legal do Instituto-Geral de Perícias desde a noite de quinta-feira, quando o crime ocorreu na zona Norte de Porto Alegre.

João Alberto Silveira Freitas foi morto, nessa quinta-feira, por dois seguranças do hipermercado Carrefour, que foram presos em flagrante pela Brigada Militar (BM). 

A Polícia Civil anunciou que mais duas pessoas estão sendo investigadas no caso, além dos seguranças. “Elas não foram autuadas naquele momento, pois há necessidade de apurar melhor qual é a participação delas”, explicou delegada Nadine Anflor, chefe da Polícia Civil, referindo-se a dois funcionários, um homem e uma mulher. Essa é a fiscal com a qual a vítima teria se desentendido e não impediu as agressões, além de ameaçar as pessoas para que não filmassem o espancamento. “Todos serão novamente ouvidos”, adiantou. “A apuração será rigorosa, rápida e dentro da lei”, garantiu Nadine. 

O hipermercado Carrefour, na avenida Plínio Brasil Milano, no bairro Passo da Areia, na Capital, ficou fechado durante esta sexta-feira. No interior do estabelecimento, a vigilância privada havia sido reforçada. Cartazes nos portões informavam a situação. No lado externo, a Brigada Militar monitorava a situação.

Já no início da tarde, um protesto ocorreu no local com vizinhos, amigos, motoboys, motoristas e populares que se manifestaram à respeito da agressão e morte da vítima. Com cartazes, os manifestantes pedem por justiça e pelo fim da discriminação racial. Flores foram depositadas e faixas colocadas nas grades.

Foto: Mauro Schaefer 


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