Inquérito da Polícia Civil descarta abuso sexual em criança que saiu sozinha de escola em Gravataí

Inquérito da Polícia Civil descarta abuso sexual em criança que saiu sozinha de escola em Gravataí

Mãe apontou um homem que teria cometido o crime, mas foi provado a inocência dele e ela será responsabilizada penalmente

Correio do Povo

A Brigada Militar também foi acionada após a denúncia de que o menino de quatro anos de idade foi levado na saída do colégio

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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a denúncia de um abuso sexual infantil que teria ocorrido em março deste ano após um menino de quatro anos sair sozinho de uma escola no bairro Morada do Vale I, em Gravataí. Respondendo pela Delegacia Especializada no Atendimento para a Mulher, o delegado Eduardo Limberger do Amaral disse à reportagem do Correio do Povo que o laudo do Instituto-Geral de Perícias “deu negativo para violência sexual na criança”.

Segundo ele, a mãe havia “sustentado e apresentado uma versão de que seu filho, ao sair da escola, teria sido levado por um homem que estava nas proximidades e teria sofrido uma violência sexual”. O suspeito apontado por ela, porém, era inocente.

“A mãe não foi responsabilizada penalmente no inquérito, mas isso não exime eventual responsabilidade civil pela exposição da imagem do suspeito, da escola e etc. O inquérito foi concluído sem indiciamento e apurou a inexistência de infração penal”, observou.

Conforme o delegado Eduardo Limberger do Amaral, as câmeras de vigilância da escola registraram a saída do menino sozinho pelo portão da frente e “realmente havia um homem no portão”. De acordo com ele, as próprias imagens mostram que esse homem embarcou em um veículo e saiu pela rua.

Já a criança seguiu pela calçada em direção contrária. “O menino ficou ausente por aproximadamente de 20 a 25 minutos e foi encontrado por uma mulher nas proximidades da escola. Ele permaneceu com essa senhora por dez minutos e foi levado até a mãe já que a conhecia”, afirmou. “A mulher disse que encontrou o menino bem e sem sinais de violência”, acrescentou.

Mesmo assim, a mãe acionou a Brigada Militar e depois a Polícia Civil, que abriu então uma investigação para esclarecer a denúncia. “Esse senhor apontado como suspeito…a esposa dele trabalha na escola vendendo lanches. Ele estava naquele momento auxiliando-a levar o material até o interior da escola”, ressaltou.

“Ele embarcou no veículo, com o pai sentado dentro, e foram até um supermercado. De fato, na gravação do supermercado, esse senhor aparece estacionando o veículo e desembarcando”, acrescentou. “Esse senhor não tinha qualquer envolvimento com o suposto desaparecimento da criança. Ele nem notou a saída do menino”, enfatizou. O procedimento policial já foi enviado ao Poder Judiciário.


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