Júri do caso Ronei Jr tem condenação de mais três réus

Júri do caso Ronei Jr tem condenação de mais três réus

Sentenças definiram regime fechado, mas habeas corpus mantém trio livre durante recursos

Correio do Povo

Julgamento teve condenação de três réus

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Mais três réus foram condenados nesta terça-feira pelo homicídio de Ronei Jr, em Charqueadas. O segundo e último dia do segundo júri do caso teve como desfecho a condenação de Alisson Barbosa Cavalheiro, a 35 anos e 4 meses de prisão; de Geovani Silva de Souza, sentenciado a 41 anos e 6 meses de prisão; e de Volnei Pereira de Araújo, a 35 anos e 4 meses de prisão. Todos em regime inicial fechado. No entanto, como os três obtiveram habeas corpus preventivo para caso de condenação com pena superior a 15 anos, não foram conduzidos ao sistema prisional.

A decisão de conceder o habeas foi do desembargador Jayme Weingartner Neto, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, que atendeu, em parte, o pedido das defesas dos réus. O mesmo habeas vale para o réu Cristian Silveira Sampaio, defendido pelas mesmas advogadas de Alisson, que será julgado no próximo dia 11.
O primeiro a depor, na manhã de terça, foi Alisson. Ele confirmou ter tido um relacionamento anterior com Francielle, uma das vítimas do ataque do grupo, mas negou ter sido advertido por ela e ter feito qualquer ameaça a Richard, amigo de Ronei Jr que também foi agredido pelo grupo, dentro do salão do clube onde ocorria a festa.

Geovani foi o segundo a falar. Ele negou ter participado do crime e relatou ter saído da festa no encerramento e que estava nas escadarias do clube, quando ouviu barulho semelhante ao de uma briga. “Não vi nada, desci a escadaria com amigos. Escutei barulhos, só me afastei, mas não vi as agressões”, afirmou.

O último réu a prestar depoimento foi Volnei. Primeiro dos três que confessou ter alguma participação nos fatos, mas, segundo ele, restrita a “socos ou chutes” no veículo de Ronei pai. “Dei um soco ou chute no veículo, não sei bem. Eu estava alcoolizado. Não era para ter ido lá (atravessado a rua quando começou a briga). Fui em direção ao carro, mas em nenhum momento encostei em algum deles (vítimas)”, garantiu. Pelos depoimentos anteriores, Volnei teria sido expulso da festa pelo fato de estar alcoolizado.

Com a conclusão dos depoimentos dos réus, iniciou-se a fase dos debates. O promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim reforçou para os jurados que os crimes só ocorreram devido a um conjunto “orquestrado” de participações. O defensor público Alisson de Lara Romani, que defende Volnei Araújo e Geovani Souza, afirmou que “a intenção não era tirar a vida do Ronei Jr. Nenhum dos dois encostou nele, quem dá soco não quer ceifar a vida de ninguém”, afirmou. “Peterson, réu confesso, desferiu socos, garrafadas, mandou áudio no WhatsApp. Um áudio desrespeitoso, agressivo.”

A advogada de Alisson, Paula Suso Kisner, foi objetiva. “Posso dizer que Alisson não estava na cena do crime. Alisson estava em casa”, afirmou. “Temos provas disso no processo. Vocês ouviram as testemunhas falando disso. Eu peço pela absolvição.”


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