Jornalista está entre indiciados por invasão da Secretaria da Fazenda em Porto Alegre
Matheus Chaparini e mais nove pessoas foram incluídas no inquérito da Polícia Civil
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Chaparini, que foi preso com estudantes na desocupação da Sefaz, afirmou que se identificou várias vezes como repórter antes de ser detido pela Brigada Militar (BM). Após ser libertado do Presídio Central, em entrevista à Rádio Guaíba, ele contou que responde a crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio e corrupção de menores.
"Eu consegui entrar no prédio por volta das 9h. Acompanhei a chegada da Brigada Militar e me identifiquei para os policiais militares, tanto que fui participar de uma entrevista coletiva do tenente Marcus Vinicius Oliveira. Eu me identifiquei ao longo da ocupação e foi assim com estudantes, com chefe da segurança e inclusive na hora em que eu estava sendo detido. A justificativa foi a seguinte: 'Se tu está junto, tu vais junto'", contou Chaparini. Além do jornalista, um cineasta paulista que estava documentando a ocupação também foi preso.
Questionado sobre a situação de Chaparini, o comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Mário Ikeda, declarou que em nenhum momento chegou ao conhecimento dos policiais militares a presença de um jornalista entre os estudantes que estavam ocupando a Sefaz. "A desocupação foi acompanhada por várias pessoas da OAB e do Conselho Tutelar. Esta questão do repórter não era do nosso conhecimento e não sei se isso que ele (Matheus Chaparini) está dizendo é a verdade verdadeira. Chegamos ali e estavam todos em uma sala e em nenhum momento ele se identificou como repórter. Foi dada a oportunidade para todos falarem e se identificarem. Em nenhum momento cerceamos a liberdade de imprensa", garantiu.