Justiça afasta policial militar que agrediu motociclista em Tapes

Justiça afasta policial militar que agrediu motociclista em Tapes

Pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul foi deferido e pode ser prorrogado

Correio do Povo

Imagens de uma câmera de monitoramento registraram a arbitrariedade

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A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça determinou o afastamento de um policial militar por 180 dias, com possibilidade de prorrogação do prazo, após ser flagrado agredindo um motociclista em 31 de março deste ano em Tapes. Imagens de uma câmera de monitoramento registraram a arbitrariedade, inclusive os tapas desferidos na vítima.

O brigadiano é alvo de uma ação civil pública por atos de improbidade administrativa ajuizada em 18 de agosto passado pelo promotor de Justiça Daniel Soares Indrusiak.

Na peça, o promotor explica que a apuração começou a partir da publicação das imagens em redes sociais que exibem o policial militar, no exercício de sua função, agredindo o condutor de uma motocicleta após abordá-lo com a viatura de serviço. “Dentre os documentos anexados ao inquérito, foi incluído o vídeo, cujo conteúdo é claríssimo e chocante”, relatou Daniel Soares Indrusiak.

“Nas imagens, percebe-se claramente o PM ordenando à vítima que parasse a motocicleta, determinação pronta e pacificamente acatada. O motociclista desliga o veículo e prepara-se para responder à abordagem policial, inclusive retirando voluntariamente seu capacete para melhor comunicar-se com o policial. Em seguida, sem qualquer razão que pudesse explicar tal conduta, o brigadiano desfere violento golpe no rosto da vítima, a qual, desorientada, procura proteger-se e evitar novas agressões. Não satisfeito, o policial utiliza o capacete da vítima para golpeá-la mais vezes, encurralando-a contra um muro”, informou o MPRS em um comunicado.

No depoimento, o motociclista diz ter sentado no chão, junto a um muro, chorando e suplicando que o brigadiano cessasse as agressões. Segundo o MPRS, o policial militar teria respondido que se a abordagem tivesse ocorrido em local desabitado, o motociclista “ia ver o que era tomar pau”.


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