Justiça cessa ação contra dentista por morte de gerente de banco de Anta Gorda

Justiça cessa ação contra dentista por morte de gerente de banco de Anta Gorda

Jacir Potrich desapareceu em novembro de 2018

Correio do Povo

Dentista foi detido como suspeito de ter assassinado gerente

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Por unanimidade, a 1ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul cessou o andamento da ação penal contra o dentista acusado pelo Ministério Público como responsável pelo desaparecimento do gerente da agência Sicredi de Anta Gorda, Jair Potrich. Na quarta-feira, três desembargadores concederam a ordem de Habeas Corpus (HC) impetrada pela defesa para trancar o evento que tramita na 1ª Vara Criminal de Encantado por entenderem que, "por falta de prova, não há justa causa para que o processo continue".

"Ela não mais existe. Examinando todo o inquérito, toda a prova até agora produzida, se concluiu que meu cliente não pode responsabilizado de forma nenhuma porque resultou, demonstrado através de perícias e testemunhas, que ele não tem nada a ver com o desaparecimento. E, se morte houve, não teria ocorrido no condomínio onde ambos tinham residência", comentou o advogado da defesa advogado de defesa Paulo Olímpio Gomes. "Haveria uma audiência designada para outubro que não mais ocorrerá", explicou.

O Ministério Público poderá recorrer da decisão. "Em tese, é possível, mas a chance de prosperar um recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça quanto à decisão unânime é muito difícil porque envolve exame de prova". De acordo com o MP, "a Procuradoria Criminal está estudando quais as medidas podem ser tomadas".

O caso

O gerente da agência do Sicredi de Anta Gorda, no Vale do Taquari, Jacir Potrich, desapareceu em novembro de 2018. A vítima sumiu da própria casa, por volta das 20h, após uma pescaria. As câmeras de segurança do condomínio onde reside registraram o gerente chegando, sem mostrar a saída dele depois. O automóvel do gerente ficou estacionado na garagem. 

Em 23 de janeiro deste ano, o dentista, vizinho da vítima, foi preso temporariamente em seu apartamento em Capão da Canoa por agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa. No dia seguinte, foi solto após um HC concedido pela Justiça, mas voltou a ser preso em abril, de forma preventiva, após novo pedido protocolado pelo promotor de Justiça André Prediger. A detenção também durou pouco. No dia seguinte, foi solto por determinação do Tribunal de Justiça.


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