Justiça Federal determina prisão preventiva de seis investigados da Unick

Justiça Federal determina prisão preventiva de seis investigados da Unick

Três presos temporários por esquema de pirâmide no Vale dos Sinos foram liberados

Samantha Klein

Cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão realizados pela PF

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Seis investigados pelo esquema de pirâmide da Unick Forex tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal na noite dessa sexta-feira, de acordo com a Polícia Federal. Eles estavam em prisão temporária, que venceria neste sábado. Do total de nove presos, três foram soltos nessa manhã. 

As detenções ocorreram em 17 de outubro durante a deflagração da Operação Lamanai. Os mandados de busca, apreensão e prisões ocorreram em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Caxias do Sul. A ofensiva se estendeu a outros três estados brasileiros. A empresa, com sede em São Leopoldo, tinha cerca de um milhão de clientes. 

O inquérito policial apurou que os clientes do grupo eram atraídos pela promessa de retorno na ordem de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses. A captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”, em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo. 

Na última quinta-feira, a Polícia Federal divulgou um balanço dos bens apreendidos junto ao grupo criminoso. Somente em conta corrente, a polícia conseguiu bloquear R$ 200 milhões. Ainda foram bloqueados R$ 53 milhões em criptomoedas, além do sequestro de nove imóveis, 48 veículos e cerca de R$ 1 milhão em espécie.

A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que interrompesse a modalidade de operação. Além disso, o Ministério Público Federal já havia denunciado 23 pessoas pela prática.


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