Lavagem de dinheiro de facção que movimentou R$ 4 milhões é alvo da Polícia Civil no Vale do Taquari

Lavagem de dinheiro de facção que movimentou R$ 4 milhões é alvo da Polícia Civil no Vale do Taquari

Houve o cumprimento de 68 ordens judiciais, além de 12 sequestros de veículos e imóveis, em Lajeado, Estrela, Santa Clara do Sul e Imigrante

Correio do Povo

Houve bloqueio de 29 contas bancárias da organização, cujos bens somam R$ 12 milhões

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A Polícia Civil desencadeou no começo da manhã desta sexta-feira a maior operação de combate à lavagem de dinheiro oriundo do crime organizado na região do Vale do Taquari. Houve o cumprimento de 68 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, além de cinco sequestros de veículos e sete sequestros de imóveis, em Lajeado, Estrela, Santa Clara do Sul e Imigrante.

Os bens, móveis e imóveis, que estão sendo sequestrados judicialmente, somam cerca de R$ 2,8 milhões. A facção criminosa investigada movimentou mais de R$ 4 milhões de reais nos últimos três anos. A ação resultou também em 29 bloqueios de contas bancárias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. Um suspeito foi detido em flagrante por lavagem de dinheiro, devido à ocultação de bens de luxo com valores acima de R$ 1 milhão.  

A operação Crime S.A  foi coordenada pela DP de Lajeado, sob comando do delegado Márcio de Abreu Moreno, através do Núcleo de Lavagem de Dinheiro, tendo apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos e do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil. Cerca de 110 agentes e delegados, com apoio de dez policiais militares do 22º BPM, foram mobilizados.

“É complexa a natureza da investigação por si só", observou o delegado Márcio de Abreu Moreno. Ele explicou que a operação realizada nesta sexta-feira é a segunda fase do trabalho investigativo que já dura sete meses. "A gente prioriza a descapitalização", enfatizou.

"Nos surpreendemos com o capital financeiro que esses indivíduos tinham em imóveis e bens e esse capital, que gira em torno de R$ 2,8 milhões, já estava integrado à economia formal", acrescentou o titular da DP de Lajeado. De acordo com ele, o montante movimentado pela facção é muito maior do que já foi apurado, sendo oriundo do tráfico de drogas e roubos, entre outros crimes. O delegado Márcio de Abreu Moreno explicou ainda que o núcleo central do grupo é composto por nove indivíduos e outros 30 atuam como "laranjas". 


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