Mãe de torcedor do Brasil de Pelotas comenta vídeos de filho no hospital: "Chegou sendo empurrado"

Mãe de torcedor do Brasil de Pelotas comenta vídeos de filho no hospital: "Chegou sendo empurrado"

Torcedor está há 29 dias internado na UTI do Hospital Cristo Redentor em Porto Alegre

Angélica Barcellos

A vítima teve ser colocada em uma maca

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A mãe do torcedor do Brasil de Pelotas, Rai Duarte, Marta Moraes Cardoso teve acesso  na tarde desta segunda-feira aos vídeos que mostram a chegada do torcedor ao hospital. A reportagem do Correio do Povo também obteve as imagens. Ela afirma que o filho não chegou em perfeito estado de saúde no hospital. “No vídeo dá para ver que ele está sendo empurrado. Tiraram ele da fila de triagem, onde ia consultar e colocaram em outra. Como ele ia aguentar se estava com o intestino rompido? Para mim, ele até aguentou muito tempo”, lamenta. 

O torcedor está há 29 dias internado na UTI do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. “Ele continua grave. Os médicos me disseram que a recuperação é  lenta e que iam trocar o antibiótico, pois o Rai teve febre. Sobre o vídeo, eu vi que ele não estava  bem já no início. Eu conheço o meu filho. Estavam empurrando o Rai e ele cambaleando”, observa. O torcedor de 33 anos segue entubado e sedado.

O episódio teve origem na partida entre São José e Brasil de Pelotas, no último dia 1, em jogo válido pela Série C do Campeonato Brasileiro. A confusão começou na arquibancada sul do estádio Francisco Noveletto Netto, em Porto Alegre. Conforme relatos, torcedores do São José pegaram uma faixa do time adversário. Logo depois, houve troca de agressões ainda dentro do estádio.

Depois do jogo, PMs aparecem, em imagens compartilhadas em redes sociais, entrando e saindo dos ônibus de excursão do time do Pelotas. De um dos veículos, os PMs retiram Rai. No dia seguinte, pela manhã, os dois clubes divulgaram notas oficiais lamentando o ocorrido. Ambos repudiaram a violência das torcidas no estádio.

No início do mês, a Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias em que ocorreram os fatos. O prazo para a conclusão do IPM é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias em caso de necessidade. Depois disso, o procedimento será encaminhado para a Justiça Militar, que irá deliberar pelo arquivamento ou oferecimento da denúncia.

Foto: Reprodução / CP


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