Mais de oito mil pessoas ficaram presas em delegacias e viaturas no primeiro semestre

Mais de oito mil pessoas ficaram presas em delegacias e viaturas no primeiro semestre

Dados representam detenções efetuadas somente na Região Metropolitana

Correio do Povo

Para Defensoria Pública, situação de presos em viaturas piorou nos últimos tempos

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No primeiro semestre deste ano, 8.004 presos pela Brigada Militar foram encaminhados para o sistema prisional estadual. A maior parte dessas pessoas teve de aguardar vaga em carceragens da Polícia Civil por horas ou dias enquanto o Estado manejava vagas nos presídios. A taxa de custodiados nessa situação foi 35,2% maior que no mesmo período do ano passado – 5.180 pessoas aguardaram transferência nos seis primeiros meses de 2018. O dado desta ano, que representa um número maior do que populações de cidades inteiras como Maquiné ou São Miguel das Missões, compreende somente as detenções realizadas na Região Metropolitana.

O relatório foi divulgado pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) através do Departamento de Segurança e Execução Penal, na manhã desta quarta-feira. Para o secretário estadual da Administração Penitenciária, César Faccioli, o número mostra “o esforço diário para acolher o preso nas unidades prisionais”.

Segundo ele, a criação de vagas é “a grande meta”. Uma ação nesse sentido, lembrou, é a construção da Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, cuja inauguração está prevista para o fim do ano. A nova casa prisional vai gerar 600 novas vagas no regime fechado. Para o secretário, uma consequência do funcionamento da unidade será a agilidade do encaminhamento dos presos das viaturas e delegacias para os presídios.

Na tarde desta terça-feira (2), 85 pessoas estavam detidas em carceragens de delegacias e viaturas na Região Metropolitana. Em maio, o Tribunal de Justiça (TJ-RS) determinou que presos provisórios deixem veículos da Brigada Militar em 24 horas, no máximo. Para casos de detidos em celas de delegacias, o prazo é de 48 horas.


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