Manifestantes pedem justiça em caso de importunação sexual em Alvorada

Manifestantes pedem justiça em caso de importunação sexual em Alvorada

Ato ocorreu em frente a Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade onde alunas denunciaram professor

Felipe Uhr

Manifestação ocorreu no começo desta noite de terça-feira

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Com cartazes e faixas, mães e alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Drummond de Andrade, de Alvorada, na Região Metropolitana, realizaram no início da noite desta terça-feira uma manifestação na frente da instituição de ensino em apoio às vítimas de suposto assédio feito por um professor de português do colégio.  O docente é acusado por quatro alunas de importunação sexual e já foi afastado temporariamente de suas funções pela Secretaria Estadual da Educação. 
 As duas primeiras ocorrências foram registradas ainda no início de julho deste ano. “Queremos justiça e que ele pague pelo que fez”, declarou a mãe de uma das meninas que afirma ter sido assediada pelo docente. “Ele piscava para nós,  tentava passar a mão  e abraçava  apertado. Isto acontecia desde o início do ano”, relatou uma adolescente de 13 anos, aluna da escola. 
 Uma outra mãe relembrou os momentos difíceis da filha. “Ela começou a mudar de comportamento, ficava nervosa  e  disse que não queria ir mais na aula. Foi neste momento que ela me contou  o que tinha acontecido”, relatou a mãe  que não quis se identificar. “É difícil, sempre  achamos  que nunca vai acontecer conosco”, completou a mulher de 45 anos. 
A  Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam)  de Alvorada, sob o comando da delegada Samieh Bahjat Saleh, investiga o caso. “Só estamos esperando os laudos para remeter ao Ministério Público que pode denunciar ou não  o suspeito”, explicou. O  Instituto Geral de Perícias (IGP)   ainda realiza a perícia. A titular da delegacia especializada  ressaltou que caso o suspeito  seja considerado culpado poderá ser  condenado de   1 a 5 anos de prisão.

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