Marido oferece recompensa por informações sobre desaparecimento de contadora

Marido oferece recompensa por informações sobre desaparecimento de contadora

Homem é suspeito de ter encomendado morte de Sandra Mara Lovis Trentin

Eduardo Amaral

Sandra foi vista, com vida, pela última vez no dia 30 de janeiro de 2018 em Boa Vista das Missões

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O marido da contadora Sandra Mara Lovis Trentin, 48 anos, Paulo Landfeldt ofereceu nesta terça-feira uma recompensa para quem “der informações à polícia ou à justiça, robustas e concretas que possam elucidar defenitivamente (sic) a autoria do fato.” O anúncio foi feito na página de Landfeldt no Facebook. O homem que oferece a recompensa é justamente o suspeito de encomendar a morte de Sandra.

Sandra foi vista, com vida, pela última vez no dia 30 de janeiro de 2018 em Boa Vista das Missões. Durante quase um ano a polícia fez buscas ao corpo da contadora, sempre sem sucesso. A busca acabou no dia 21 de janeiro deste ano, quando uma ossada foi encontrada no interior de Palmeira das Missões, cidade próxima a Boa Vista. Quatro dias após os restos mortais serem encontrados, a perícia confirmou que o corpo pertencia a contadora.

Antes mesmo de encontrar o corpo, a Polícia Civil (PC) já havia denunciado o Landfeldt como cúmplice do crime. Ele, que é vereador em Boa Vista, chegou a ser preso pelo envolvimento no crime, mas responde o processo em liberdade.

Já o homem acusado de ser autor do crime segue detido na penitenciária de Palmeira das Missões. Ele chegou a confessar o crime e apontou o marido de Sandra como autor do crime, mas uma semana depois modificou o depoimento, declarando-se inocente e inocentado o vereador de qualquer envolvimento com o crime.

De acordo com o delegado Carlos Beuter, que comanda as investigações, o depoimento inicial do suspeito do crime tem sido levado em conta para apontar os autores do crime. “O réu em juízo calou, ou seja, não negou o envolvimento. E na PC apontou o esposo como mandante”, conjuntamente ao depoimento, Beuter ressalta que as investigações provaram “que Paulo entregou dinheiro ao réu”.

Estas são as principais provas apresentadas pela polícia até agora, já que a perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP) ainda não foi terminada. Segundo Beuter, ainda faltam respostas como a causa da morte e os assassinos utilizaram produtos químicos para acelerar a decomposição do corpo.

Mesmo sem o resultado da perícia, Beuter acredita ter elementos suficientes para levar os réus a júri. O delegado diz não ver problemas na demora na perícia, que ainda não liberou o corpo de Sandra. “Preferimos a correção da perícia do que a rapidez”, afirma Beuter.


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