Ministério Público lança nova ofensiva contra facção criminosa gaúcha

Ministério Público lança nova ofensiva contra facção criminosa gaúcha

Indisponibilidade de bens e prisões foram efetuadas em Charqueadas e Torres

Correio do Povo

Ações têm como alvo a lavagem de dinheiro e o tráfico de de drogas

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira a decretação de indisponibilidade de sete imóveis, avaliados em dezenas de milhões de reais, ligados a uma facção criminosa gaúcha. Entre eles estão fazendas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso.

A medida constritiva foi efetuada durante a segunda fase da operação Complex, desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)-Núcleo Lavagem de Dinheiro.

Na tarde da última sexta-feira, a nova etapa da investigação do MPRS cumpriu mandados de prisão, de busca e apreensão e de indisponibilidade de bens. A ação ocorreu em Charqueadas e Torres. Houve apoio do efetivo do 2° Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (2°BPAT) da Brigada Militar e servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

O principal operador do grupo criminoso, responsável por negociações envolvendo a lavagem de dinheiro e aquisição de grandes quantidades de entorpecentes, foi alvo da ação. Trata-se de um detento recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Na casa prisional, o apenado coordenava as atividades voltadas à lavagem de capitais, além de comandar negociações relativas ao tráfico de drogas. Na cela do apenado foi apreendido um telefone celular, que será agora examinado.

A investigação do Gaeco do MPRS tem como foco a lavagem de dinheiro oriundo das atividades criminosas desta facção, estabelecida por meio de um emaranhado de “laranjas” e empresas de fachada, que movimentaram dezenas de milhões de reais.

A primeira etapa da operação aconteceu a primeira fase da operação Complex em fevereiro deste ano, desencadeada em conjunto com a Polícia Civil, por meio das Delegacias de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE).

Na época foram cumpridas 27 ordens judiciais, sendo oito mandados de busca e apreensão e 19 medidas constritivas de indisponibilidade de veículos e bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

As ações são desdobramento das operações Água e Magna Ópera, deflagradas em 2020, que já haviam resultado na indisponibilidade de dezenas de imóveis e veículos e na prisão do líder da organização criminosa, entre outros indivíduos.


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