Mobilização pede a paralisação de policiais civis nesta sexta no RS

Mobilização pede a paralisação de policiais civis nesta sexta no RS

Acampamento será montado na calçada do Palácio da Polícia, em Porto Alegre

Correio do Povo

Mobilização é um protesto contra o atraso dos salários, aumento da alíquota previdenciária, indefinição da aposentadoria especial, promoções represadas e crescimento no número de mortes de policiais, entre outras

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A Ugeirm Sindicato convocou todos os policiais civis a paralisarem as atividades nesta sexta-feira, entre 8h e 20h, em todo o Rio Grande do Sul. A mobilização é um protesto contra o atraso dos salários, aumento da alíquota previdenciária, indefinição da aposentadoria especial, promoções represadas e crescimento no número de mortes de policiais, entre outras. Em Porto Alegre será montado um acampamento na calçada do Palácio da Polícia. O presidente da entidade, Isaac Ortiz, anunciou ainda a realização de uma marcha da categoria no dia 17 de setembro na Capital. “A expectativa é grande”, constatou, confirmando o apoio dos colegas de outras forças de segurança pública. “O pessoal está muito indignado”, resumiu. O dirigente revelou também que os policiais civis gaúchos estarão em Brasília para acompanhar a votação da Reforma da Previdência no Senado, preocupados com o processo de inclusão dos estados na PEC 06/2019. “O bom é incluir agora. Não pode deixar os estados soltos e a bel prazer, com cada um fazendo a previdência do jeito que quer”, avaliou.

Já o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro, garantiu que 30% da categoria permanecerá trabalhando para atender casos urgentes e graves, como homicídios, latrocínio e acidentes de trânsito com vítimas, além de ocorrências de Maria da Penha com pedido de medidas protetivas, atendimento a idosos, estupros, furto e roubo de veículos com exceção de devolução de veículos, além de prisões. Ele afirmou que a convocação da paralisação é para que não sejam deflagradas operações policiais, diligências externas, confecção de inquéritos e termos circunstanciados. “Estamos mobilizando todo o pessoal”, frisou.

Fábio Castro destacou algumas das questões que preocupam os policiais civis. “Queremos a publicação das promoções que estão represadas apesar de ter uma legislação que garante a aposentadoria dos policiais”, citou. “Nossa aposentadoria especial ainda não está garantida pois os estados estão fora”, observou. “O aumento da alíquota é um confisco de salário. Hoje é de 14,1%, o segundo mais alto do país, e a proposta permite que se chegue até 22%. É um confisco tremendo. Querem aumentar a alíquota da previdência para que, com a redução dos vencimentos, consiga colocar nossos salários em dia”, reclamou.


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