Moradores de bairro de Porto Alegre alteram rotina após ataques com ácido

Moradores de bairro de Porto Alegre alteram rotina após ataques com ácido

Dois casos ocorreram na rua Santa Flora, no Nonoai, na semana passada

Correio do Povo

Moradores alteraram rotina no bairro Nonoai após ataques com ácido

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Moradores da rua Santa Flora, no bairro Nonoai, em Porto Alegre, estão apreensivos e com medo após dois dos cinco ataques com uso de ácido terem sido cometidos no local na última sexta-feira em horários diferentes. Muitos alteraram a rotina, sobretudo as mulheres. Na manhã desta segunda-feira, perto da praça Hamilton Chaves, o aposentado Renato Xavier, 73 anos, estava colocando sacos na lixeira da calçada e depois foi passear com o cão da família, sempre atento ao que acontecia ao redor. Ele relatou que a esposa não está mais saindo sozinha da residência.

Xavier explicou ainda que intensificou os contatos com os vizinhos via WhatsApp, principalmente diante da presença de estranhos na quadra. A vigilância também vale para o veículo suspeito, um Hyundai HB20 de cor branca. “Ninguém consegue entender”, afirmou, referindo-se à motivação dos ataques com a substância corrosiva. Dois ataques foram registrados na rua Santa Flora, tendo como vítimas Bruna Machado Maia, 27 anos, e Gladis Nivinski, 48 anos.

O caso é investigado pela 13ª DP que divulgou o telefone (51) 3242-1108, com plantão 24 horas, para quem tiver informações sobre o suspeitou que atacou recentemente quatro homens e uma mulher nos bairros Nonoai e Aberta dos Morros. O fone 197 da Polícia Civil também está à disposição. Não é preciso identificar-se.

O Hyundai HB20 de cor branca do suspeito aparece na imagem de uma câmera de monitoramento de uma residência na rua Santa Flora, mas não é possível identificar as placas do carro. Os policiais civis estão agora ampliando o raio de ação em busca de novas câmeras de monitoramento na região. "Estamos procurando por tudo”, resumiu o titular da 13ª Delegacia de Polícia (DP), delegado Luciano Coelho.

Coelho pretende ouvir nesta segunda-feira as últimas duas vítimas que ainda não prestaram depoimento de modo formal. Ele observou que a substância corrosiva, talvez um ácido, ainda não foi identificada, mas o Instituto-Geral de Perícias está trabalhando nisso. “Ela reage na hora”, constatou. A investigação já apurou que o primeiro ataque na quarta-feira passada foi com uma bicicleta, enquanto o Hyundai HB20 foi utilizado nas outras quatro agressões cometidas depois na sexta-feira. Nenhum retrato-falado do suspeito será feito por enquanto por falta de maiores características do agressor.


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